Jonas foi raptado depois de sair para caminhar na última terça (13), sendo abandonado às margens de uma rodovia de Hortolândia (SP) com sinais de espancamento no dia seguinte – ele foi socorrido, mas morreu no hospital.
Durante o período em que ficou sob poder dos criminosos, cerca de R$ 20 mil foram retirados de suas contas e houve uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões, sem sucesso.
A advogada da família relatou à polícia que a vítima havia levado apenas carteira e documentos para a caminhada. Ao final do dia, como não foi mais possível contatá-lo, familiares registraram ocorrência de desaparecimento na delegacia eletrônica.
Depois de ser encontrado, o homem foi socorrido pelo resgate da concessionária Autoban ao Hospital Mário Covas, mas não resistiu.
O médico da unidade que atendeu Jonas Lucas atestou traumatismo cranioencefálico como causa da morte. A Polícia Civil tenta descobrir como e quando foi a abordagem, além de quantas pessoas estão envolvidas.
O corpo de Jonas foi enterrado na sexta-feira (16). Um ônibus foi disponibilizado para levar amigos e vizinhos ao enterro. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP).
Vizinho do milionário da Mega-Sena, o aposentado João Batista Alves contou que muita gente nem acreditava que Jonas tinha ganhado a bolada em razão de como ele levava uma vida simples.
“Era igual a gente, pessoa simples, que andava de chinelo, tranquilo, sempre passava aqui, sempre atencioso com a gente. A polícia tem que encontrar [o assassino], de qualquer maneira”, disse.
Quem conhecia Jonas Lucas há décadas garante que ele não mudou nada com o prêmio milionário recebido.
“Eu fui muito comprar com ele quando trabalhava no depósito. [Após o prêmio] era a mesma pessoa, não mudou nada, continuou como se nada tivesse acontecido”, lembra Luiz.