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Sociedade Brasileira de Infectologia defende volta do uso de máscara e aumento da vacinação contra o coronavírus

A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) defendeu o incremento da vacinação, a volta do uso de máscara e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de Covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.

A entidade divulgou, na sexta-feira (11), uma nota elaborada pelo seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

“Pelo menos em quatro Estados da Federação já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz o texto, baseado em dados divulgados no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.

A SBI afirmou que o cenário é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pediu que o Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Sistema Único de Saúde) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenham atenção especial às medidas sugeridas.

O primeiro ponto levantado pela sociedade científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a Covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo.

Os infectologistas recomendam também garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos, independente da presença de comorbidades. Até o momento, a vacinação da faixa de 6 meses a 3 anos ainda está restrita a crianças com comorbidades, e o Ministério da Saúde iniciou a distribuição de 1 milhão de doses de vacinas destinadas a elas.

A SBI também pede a rápida aprovação e acesso às vacinas bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes do coronavírus, que estão atualmente em análise pela Anvisa.

O quarto ponto levantado pelos infectologistas é a necessidade de disponibilizar nas redes pública e privada as medicações já aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da Covid-19, como o paxlovid e o molnupiravir, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil, ressalta a SBI.

O quinto ponto diz respeito às medidas de prevenção chamadas não farmacológicas. A SBI defendeu a volta do uso de máscaras e do distanciamento social para evitar situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

Fonte: Foto: Agência Brasil, Redação O Sul

 

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