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Sete torcedores gremistas foram presos pela Polícia Civil por depredarem veículos na Arena

Sete torcedores, todos jovens, foram presos temporariamente no âmbito do inquérito da 4ª DP de Porto Alegre que apura a depredação de viaturas e veículos no estacionamento da Arena do Grêmio, após a derrota para o Palmeiras por 3 a 1 no final de outubro. A informação é da delegada Laura Lopes durante entrevista coletiva à imprensa ocorrida na manhã desta quarta-feira no Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), no Palácio da Polícia, na Capital. “Eles planejavam ir no jogo de quinta-feira disfarçados. Estavam planejando onde iam fazer a confusão”, revelou. O jogo será entre Grêmio e São Paulo na Arena. “A ação visa coibir algo mais grave antes que aconteça”, resumiu.

As sete prisões ocorreram com a deflagração da operação Avalanche, que foi realizada em Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Bagé e Santa Maria. Houve ainda o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão por cerca de 50 agentes de várias delegacias, sendo recolhidos para análise os telefones celulares dos envolvidos. Segundo a delegada Laura Lopes, um grupo de cerca de 60 torcedores participou da depredação de viaturas do Poder Judiciário e da Polícia Civil, além de veículos particulares. Imagens de câmeras de monitoramento no local possibilitaram a identificação de sete vândalos.

“Um deles está respondendo inclusive a uma tentativa de homicídio a um torcedor que aconteceu há dois anos em Montenegro, em uma briga generalizada entre as torcidas. Ele foi preso na ocasião”, observou a titular da 4ª DP. “Um outro também foi identificado na invasão do gramado”, acrescentou.

“Tem outro que tem envolvimento em briga de torcida, mas a maioria não possui antecedentes graves”, complementou. De acordo com a delegada Laura Lopes, um dos detidos também atuou no dia 1º de setembro deste ano em frente ao Centro de Treinamento Presidente Luiz Carvalho, em Porto Alegre, quando pedras e rojões foram arremessados contra o ônibus da delegação tricolor.

Conforme a delegada Laura Lopes, o inquérito deve ser concluído em dez dias. “Pedimos a prisão tanto pelo tumulto em evento esportivo quanto pela associação criminosa e dano qualificado”, explicou. Alguns dos torcedores presos possuem vínculo com as torcidas organizadas e estão incluídos até sócios do clube. “Eles atiravam tudo o que encontravam pela frente”, resumiu a titular da 4ª DP, citando até o uso do monopé retirado de um dos dois fotógrafos agredidos no tumulto. “Ele foi utilizado para quebrar as viaturas”, apontou. O equipamento já foi devolvido à vítima.

Além da depredação no estacionamento, os torcedores invadiram antes o campo e entraram no túnel do vestiário. Os invasores partiram para cima do banco de reservas e da cabine do VAR, quebrando o local e atirando a tela da TV no chão. Na entrevista coletiva à imprensa, a diretora do DPM, a delegada Adriana Regina da Costa destacou que o incidente atingiu órgãos públicos, referindo-se à depredação das viaturas. “Esta resposta da Polícia Civil é bem importante…”, enfatizou.

Ela adiantou também que o caso da falsa blitz de torcedores gremistas para atacarem um micro-ônibus com colorados que seguiam para o Grenal na Capital, registrada no dia 6 de novembro em São Leopoldo, também está sendo investigado pela Polícia Civil. “Foi um caso muito grave e terá também resultados nos próximos dias”, assegurou.

Já o responsável pela Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA), delegado Nedson Ramos de Oliveira, ressaltou também “a resposta rápida” da instituição em solucionar o fato. “O Poder Judiciário nos alcançou as medidas necessárias à investigação de uma forma bem célere, todas baseadas em muitas provas produzidas”, sublinhou.

Foto: Polícia Civil / CP

Fonte: Foto: Álvaro Grohmann / Especial / CP, Correio do Povo

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