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O Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura do Rio de Janeiro recomendou o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a cidade vai acatar a recomendação e retirar a obrigatoriedade da proteção facial nesses locais. O decreto será publicado nesta terça-feira (08) no Diário Oficial do Município.
A informação foi confirmada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, em publicação no Twitter. “Cumprindo as determinações do Comitê Científico amanhã sai decreto acabando com a obrigatoriedade de máscaras em espaços abertos e fechados. Com um esforço para vacinar aqueles que podem tomar dose de reforço, em 3 semanas acabamos tb com o passaporte”, disse o prefeito.
A decisão ocorre durante reunião nesta segunda-feira (7) no COR-Rio (Centro de Operações e Resiliência), na Cidade Nova, região central. O Rio de Janeiro será a primeira capital do país a desobrigar por completo o uso do equipamento de proteção individual contra a Covid-19.
Recomendações do comitê
Os especialistas recomendam apenas que o equipamento de proteção individual continue a ser usado por profissionais de saúde e em escolas. O uso também deve ser mantido por pessoas imunossuprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas e com sintomas de síndrome gripal.
Até então, a recomendação, ainda em vigor, era apenas para que o uso fosse compulsório exclusivamente em ambientes fechados. O comitê científico é um órgão consultivo da estrutura do município, formado por voluntários e não tem poder decisório. Os especialistas recomendaram, ainda, a manutenção de exigência do passaporte vacinal e reforçaram a importância da vacinação infantil.
A recomendação desta segunda-feira é fruto do monitoramento dos indicadores da Covid-19 realizados na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os pacientes com a doença representam, neste momento, menos de 1% dos internados em toda a rede SUS da capital, o que inclui unidades municipais, estaduais, federais e particulares conveniadas.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e membro da comissão que discute o combate ao coronavírus no Rio de Janeiro, Alberto Chebabo, o cenário epidemiológico da cidade é favorável para a mudança.
“Já temos segurança para retirar a obrigatoriedade de máscaras para a maior parte da população na cidade do Rio de Janeiro, mas ainda recomendando o uso para os grupos de maior risco”, disse Chebabo.
O Rio tem 83,8% da população total com a segunda dose da vacina contra o coronavírus, índice que sobe para 89,2% na população acima de cinco anos, faixa com autorização para o imunizante. Além disso, registra 42,3% da população total com a dose de reforço.
Na semana passada, o governo do Rio de Janeiro já havia desobrigado o uso de máscaras em locais fechados. No entanto, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, em meio a divergências de entendimento, vale a posição mais restritiva que, neste momento, é a do município. Na cidade, segue em vigor a exigência do passaporte vacinal.
Na quinta-feira (04), a prefeitura de Duque de Caxias, cidade de cerca de um milhão de habitantes, na Baixada Fluminense, acompanhou decisão do Palácio Guanabara e também desobrigou o uso do equipamento no município. Vale lembrar que a cidade do Rio já derrubou a necessidade do equipamento ao ar livre desde outubro do ano passado.
Fonte:O Sul