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Desde a última segunda-feira (31), ao menos 22 estados e o DF (Distrito Federal) registraram bloqueios em rodovias em protestos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente da república no domingo (30). Segundo o último balanço da PRF (Polícia Rodoviária Federal), 20 Estados e o DF ainda possuem manifestações. Ao todo, a PRF informou que já dispersou 246 protestos.
As consequências dos bloqueios podem afetar o funcionamento do setor aéreo, segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
Ele disse que as interdições podem comprometer o abastecimento das aeronaves. “Alguns aeroportos têm combustível para mais 24 ou 36 horas, outros, para três ou quatro dias, isso muda de lugar para lugar”, explica Sanovicz.
Os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ), por exemplo, recebem combustíveis por dutos, diretamente das refinarias. Outros, porém, dependem das rodovias para que o combustível chegue até o tanque dos aviões.
O presidente da Abear afirma que, só em Guarulhos, 500 passageiros não chegaram tempo para o embarque e 25 voos foram cancelados.
“Isso acaba dando um prejuízo enorme e o impacto sobre a malha, sobre o nosso resultado e, no final do dia, o conjunto da sociedade vai arcar novamente com o fato gerado por um pequeno bando de arruaceiros, com uma postura claramente antidemocrática”, disse Sanovicz.
“Estamos primeiro alertando as autoridades, em contato permanente com o ministro da infraestrutura, com o presidente da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], com os secretário da avião civil. Mas, de fato, quem realmente pode tomar uma atitude e desbloquear as estradas e garantir a volta anormalidade contra a arruaça que está acontecendo, contra o rompimento do pacto democrático e civilizatório, é a PRF [Polícia Rodoviária Federal] e as polícias militares de cada estado, em que nós estamos depositando confiança até o momento de que vão cumprir com o seu papel.”
Fonte:O sul