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Uma quadrilha especializada em roubos a residências e também a estabelecimentos comerciais, utilizando camisetas com a identificação da Polícia Civil, é desarticulada nesta segunda-feira em Porto Alegre. Mais dois integrantes do grupo criminoso foram presos nesta segunda-feira na operação Falsos Policiais desencadeada pelos agentes da 6ª Delegacia de Polícia da Capital, sob comando da delegada Áurea Hoeppel. Um terceiro criminoso, que atuava como motorista de aplicativo, havia sido detido antes pela equipe da 20ª DP que também apurava o grupo. Um quarto ladrão, já identificado, ainda não foi encontrado. As investigações da 6ª DP já duraram dois meses.
Na ação deflagrada ao amanhecer desta segunda-feira, mais de 50 agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Viamão. Houve o recolhimento de cerca de 30 camisetas idênticas da Polícia Civil e que haviam sido confeccionadas a pedido da quadrilha, além de um revólver calibre 38 com 50 cartuchos, três toucas ninjas, um colete balístico, uma peruca, um par de algemas, três celulares e dez cartões de chip, 300 gramas de maconha e uma pequena quantia em dinheiro. Segundo a delegada Áurea Hoeppel, o recolhimento das camisetas foi “uma vitória” pois o nome da instituição vinha sendo usado nos crimes.
A titular da 6ª DP explicou que a quadrilha agia em vários bairros da cidade, como Assunção, Menino Deus e Cristal, sempre atacando residências no começo da manhã, e fazendo uma “limpa” depois. Os assaltantes se passavam por policiais civis com as camisetas falsificadas para facilitar as abordagens nas vítimas. “Eles agiam de forma violenta”, observou. A delegada Áurea Hoeppel ficou surpresa ao descobrir que os dois criminosos presos nesta segunda-feira, ambos localizados em Viamão, são de facções contrárias, mas se juntaram para cometer os roubos em conjunto. “Um agora diz que o outro traiu ele. Agora querem se matar e tivemos de separá-los na delegacia”, afirmou. “Um deles é traficante de drogas, tem homicídio e estava no semiaberto. O cara é furioso”, acrescentou. A expectativa é de que novas vítimas apareçam com a divulgação da operação.
Fonte: Foto: Polícia Civil / PC, Correio do Povo