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Polícia prende em Tramandaí suspeito de atirar pedra que feriu jogador em ônibus do Grêmio

Nesta quinta-feira (10), a Polícia Civil prendeu preventivamente em Tramandaí (Litoral Norte do Estado) um jovem de 20 anos, por suspeita de lançar uma pedra contra o ônibus do time do Grêmio nas imediações do estádio Beira-Rio, dia 26 de fevereiro. O ataque feriu um atleta do Tricolor e causou o adiamento do Grenal marcado para aquele dia.

O jovem deve ser indiciado por homicídio doloso. “Aparentemente, é um rapaz obcecado pelo Inter”, frisou a delegada responsável pelo caso, Ana Luiza Caruso. “A vida dele parece ser isso. Não tem ficha criminal mas é envolvido com muitas pessoas que têm antecedentes, inclusive por brigas entre torcidas e outros crimes relacionados à violência”, detalhou ela em entrevista coletiva no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.

Ainda conforme com delegada, o desfecho do incidente poderia ter sido ainda pior. Ana Luiza associou esse aspecto à própria responsabilização do agressor: “Entendemos que jogar uma pedra como essa [com cerca de 3 quilos] em um veículo em movimento demonstra um desvalor em relação à vida das pessoas dentro do ônibus”.

Na ocasião, dois homens chegaram a ser detidos por suspeita de envolvimento no ataque, mas foram liberados posteriormente, por falta de provas.

Atleta se recuperou

Sentado em uma das poltronas do veículo com a delegação gremista que se aproximava do estádio colorado pela avenida Beira-Rio na tarde de sábado, 26 de fevereiro, o meia paraguaio Mathías Villasanti, 25 anos, sofreu traumatismo craniano leve e concussão cerebral, além de escoriações no rosto e trauma no quadril.

O jogador recebeu alta na manhã de domingo (27) e voltou a a treinar na mesma semana. Com o reagendamento do clássico para a noite de quarta-feira passada (10), ele inclusive se recuperou a tempo de estar em campo.

CBF e a violência

A Assembleia-Geral Extraordinária que ratificou as mudanças feitas no estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também serviu para os cartolas iniciarem – ainda que de forma tímida – uma mobilização contra a violência nos estádios.

Eles decidiram criar um grupo de estudos sobre o tema e convocar representantes de diferentes segmentos da sociedade para aprofundar os debates. Por enquanto, essa é a medida mais efetiva tomada pela entidade máxima do futebol brasileiro na tentativa de diminuir as ocorrências de barbárie observadas neste início de temporada do esporte no País.

“Não só os clubes da Série A, mas os das Séries B, C e D, imprensa, OAB, Superior Tribunal de Justiça Desportiva e todos os outros segmentos, inclusive internacionais (serão chamados), para que possamos trabalhar sempre no sentido de combater a violência nos estádios. Isso tem prejudicado muito o futebol em todo o mundo, principalmente nestas últimas situações aqui no Brasil”, sustentou o presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Fonte: Foto: Policia Civil/Divulgação, Redação O Sul 

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