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Um pastor evangélico de 40 anos confessou que estuprava as quatro filhas adolescentes, com conhecimento da esposa, que é mãe delas, e ainda tem um filho com uma delas; ou seja, é pai do próprio neto. A criança, de 11 anos, é filha de uma menina de 17 anos.
As apurações se iniciaram a partir de uma denúncia ao Disque 100 do Ministério da Justiça, que passou também pelo Conselho Tutelar de Portão. O delegado de Portão, Marcos Mesquita Moreira, em entrevista ao Jornal NH, conta que a investigação começou na tarde de terça-feira (23) e os crimes foram comprovados no mesmo dia, com a prisão do criminoso feita no dia seguinte.
“As quatro meninas admitiram os abusos, que trataram como algo rotineiro, e foram levadas à perícia. Aguardamos os laudos, mas informalmente o médico confirmou os atos sexuais nas crianças”, revela.
A adolescente de 17 anos e as três irmãs, uma de 15 e gêmeas de 12, passam por acompanhamento psicológico.
Ficou faltando a filha mais velha, de 19 anos. Há a suspeita de que ela também é vítima. Porém, se negou a depor, possivelmente para proteger o pai. A mãe das meninas disse à investigação que sabia de tudo. A prisão da mãe também foi solicitada e teve parecer favorável do Ministério Público, mas a Justiça negou o pedido, mantendo apenas a prisão do pastor.
As quatro filhas e o bebê foram para um abrigo em Novo Hamburgo. O delegado afirma que se surpreendeu com a frieza com que o pastor declarou que estuprava as filhas.
Para Mesquita, o homem se valia da figura do pai provedor e líder religioso para subjugar a família.
“O casal, as cinco filhas e o bebê moravam na mesma casa. Só ele trabalha. É quem sustenta. Como pastor, submeteu a família a uma espécie de lavagem cerebral, impondo como aceitável o que acontecia naquela residência.”
A esposa, acusada de omissão e conivência, manifestava um temor servil, conforme o delegado. As investigações policiais apontam que o líder evangélico possui antecedentes criminais por outras situações de abuso sexual. Em 2007, na cidade de Estrela, foi registrada uma ocorrência policial em que foi acusado de ter agarrado uma moça. Antes disso, em 2002, no município de Humaitá, fora denunciado por ter abusado de uma menor de idade.