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A Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo informou nesta sexta-feira, 12, que, para evitar que doses da vacina contra a covid-19 sejam desperdiçadas, os profissionais estão orientados a aplicar o imunizante até em jovens maiores de 18 anos. A prioridade, porém, continua sendo o grupo formado por profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades.
O calendário atual de aplicação da vacina na cidade de São Paulo prevê a aplicação de doses em pessoas maiores de 85 anos. Elas podem procurar uma das 468 unidades básicas de saúde, três pontos em escolas ou cinco drive-thrus espalhados pela capital. A imunização deve seguir essa previsão em razão da ainda restrita oferta de vacinas disponíveis. No entanto, há orientações que expandem esse público-alvo em casos específicos para evitar o desperdício.
O frasco da vacina depois de aberto tem de ter seu conteúdo utilizado em até oito horas. Cada frasco comporta dez doses, com uma pequena variação ocasional de uma ou duas doses extras. Como um frasco não pode ficar aberto de um dia para o outro, a secretaria elaborou em janeiro notas instrutivas de como proceder caso haja um frasco aberto e não exista demanda de vacinação de idosos acima de 85 anos no momento na unidade de saúde.
A orientação foi lida pelo secretário de Saúde, Edson Aparecido, em entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira, 12. “Nossos instrutivos desde a primeira dose que nós fizemos em 23 de janeiro constam parágrafo com a seguinte inscrição. ‘Observação: no caso do serviço de saúde, no final do expediente de vacinação, encontrar-se com frasco de vacina aberto, para que não haja qualquer desperdício de dose está autorizada a aplicação a um profissional de saúde, idosos moradores da região da unidade de saúde. E não havendo essas categorias, partir para pessoas com comorbidades. Se ainda assim não for possível, a orientação é vacinar qualquer pessoa acima de 18 anos. Importante: não desprezar nenhuma dose viável da vacina.”
A explicação foi dada após questionamento ao secretário sobre supostos casos de desperdício na cidade, o que foi negado por Aparecido. “A afirmação de que há descarte de dose viável é absolutamente irresponsável, isso não acontece no município de São Paulo”, reforçou.
Ele explicou ainda que, no cenário de unidades de saúde onde a procura de idosos esteja reduzida, há um remanejamento de vacinas para atender locais de alta demanda.
Fonte: Correio do Povo