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Operação “London Bridge”: o que acontece após a morte da rainha Elizabeth II

A Inglaterra já tem um plano há anos que determinará o que acontece após a morte da rainha Elizabeth II. A rainha morreu nesta quinta-feira (08) aos 96 anos.

O roteiro detalha ações a serem tomadas em minutos, horas e dias após o falecimento. Em 2007, o jornal “The Guardian” publicou alguns trechos — provavelmente houve mudanças, porque esse plano é revisto duas a três vezes por ano por funcionários do governo e do palácio, polícia, exército e emissoras de TV.

O plano é conhecido como “Ponte de Londres”. De acordo com o que se sabe desse roteiro, o que ocorrerá será o seguinte:

O primeiro-ministro será alertado sobre a morte da rainha, que vão dizer “a Ponte de Londres está inoperante”. Será colocado um aviso nos portões da residência oficial da monarca, o Palácio de Buckingham, e logo em seguida o mesmo texto será publicado no site da família real e nas contas de redes sociais.

A data da morte representa o “Dia D”, os seguintes são D+1, D+2 e assim por diante.

Dia D

O Centro de Resposta Global enviará a notícia para os 15 governos fora do Reino Unido onde a rainha é Chefe de Estado, e para os outros 38 países da Commonwealth, onde ela é respeitada.

Os ministros são imediatamente informados por e-mail do falecimento da rainha. Após o recebimento do e-mail, as bandeiras em Whitehall são abaixadas a meio mastro (em 10 minutos a partir do momento do anúncio).

Primeira-ministra Liz Truss fará pronunciamento oficial e programará evento com o novo Rei.

Dia D+1

O Conselho de Adesão deve se reunir com Charles para proclamá-lo rei;
Todos os trabalhos parlamentares serão suspensos por 10 dias;
Reunião entre a primeira-ministra, governo e o novo rei.

Dia D+2

O caixão da rainha retornará ao Palácio de Buckingham pelo trem real ou de avião.

Dia D+3

O rei Charles receberá a moção de condolências no Westminster Hall;
Em seguida, embarcará numa viagem de luto pelo Reino Unido, começando pela Escócia. Ele receberá uma moção de condolências no Parlamento escocês e participará de um serviço na Catedral de St Giles, em Edimburgo.

Dia D+4

Charles chegará à Irlanda do Norte, onde receberá outra moção de condolências no Castelo de Hillsborough e participará de um serviço na Catedral de St Anne em Belfast;
Haverá um ensaio para o transporte do caixão entre o Palácio de Buckingham e o Palácio de Westminster.

Dia D+5

O caixão da rainha será transferido do Palácio de Buckingham para o Palácio de Westminster através de uma rota cerimonial por Londres. Quando chegar, haverá um serviço memorial no Westminster Hall.

Dia D+6

O corpo da rainha ficará no Palácio de Westminster por 3 dias recebendo visitas. Os ingressos começarão a ser comercializados;
Será realizado um ensaio para o cortejo do funeral de Estado.

Dia D+7

Charles viajará para o País de Gales, para receber uma moção do Parlamento galês e assistir a um serviço na Catedral de Liandaff em Cardiff.

Dia D+8 e +9

Milhares de pessoas devem prestar suas homagens à monarca mais longeva da história do Reino Unido.

Dia D+10

Este dia será proclamado Dia de Luto Nacional;
Funeral de Estado será realizado na Abadia de Westminster;
Haverá 2 minutos de silêncio ao meio-dia em todo o país;
Serão 2 procissões, em Londres e Windsor.

A Rainha será sepultada no Castelo de Windsor, na Capela Memorial do Rei George VI (ao lado de seu pai).

Depois deste processo, o retrato da rainha ficará pendurado com uma fita preta em todas as prefeituras por um mês (o período de luto), até de ser transferido para um “local adequado” e trocado por um retrato do novo rei.

Todas as flores colocadas dentro e ao redor de palácios reais e prefeituras públicas serão removidas após o funeral de estado.

Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul

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