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Divulgado nesta sexta-feira (1º), o primeiro mapa preliminar do distanciamento controlado em 2021 prevê a região gaúcha de Bagé sob bandeira preta (risco altíssimo para coronavírus) na 35ª rodada do sistema, a partir da próxima terça-feira. A configuração preliminar pode ser questionada pelas prefeituras e associações locais até a manhã de domingo e as respostas serão divulgadas na tarde de segunda-feira.
A mesma área do Estado já havia recebido essa classificação três semanas atrás (juntamente com Pelotas) e, na ocasião, o Comitê de Crise do Palácio Piratini indeferiu os pedidos de recurso, mantendo as bandeiras pretas, até então inéditas.
No mapa ainda vigente (em vigência desde a última terça-feira), eram 15 regiões gaúchas sob bandeira vermelha e seis em laranja.
De acordo com o governo gaúcho, a bandeira preta em Bagé é resultado da combinação entre a piora no número de leitos livres para pacientes de Covid na macrorregião Sul e o fato de a região apresentar bandeira preta no indicador de hospitalizações para cada 100 mil habitantes, aspecto que motivou uma nova regra: a salvaguarda de bandeiras vermelha e preta.
O dispositivo é acionado quando uma região registra um grande número de novas hospitalizações por coronavírus e, ao mesmo tempo, possui baixa capacidade hospitalar na macrorregião.
Vermelhas e laranjas
São 13 as regiões em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto). Outras sete estão em laranja (risco médio): Santa Maria, Uruguaiana, Taquara, Novo Hamburgo, Guaíba, Cruz Alta e Erechim. Já Guaíba e Uruguaiana (as duas que não aderiram ao sistema de cogestão) estão em laranja no mapa provisório.
“A situação do Estado perante o coronavírus ainda requer muita atenção”, ressaltou o Comitê de Crise. Para o total do Rio Grande do Sul, houve redução no número de confirmados em leitos clínicos (-14%) e em UTI (-2%). Os óbitos apresentaram elevação de 3% (de 456 para 469).
Contabilizando os pacientes internados por outras causas, nesta semana, houve novamente estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. Com a abertura de leitos e a redução dos confirmados com Covid-19 em UTI, houve elevação na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 para 0,55.
Vale um alerta para a região de Santa Cruz do Sul, que apresentou elevado crescimento em novos registros de hospitalizações entre a 34ª e a 35ª semanas, passando de 23 para 38 – um aumento de 65,2%.
Novo dispositivo
A partir desta semana, o sistema utiliza uma nova regra que garante bandeiras de risco alto e altíssimo (bandeiras vermelha e preta) quando a região tem elevada quantidade de novas hospitalizações de pacientes confirmados com Covid-19 (conforme a região de residência do paciente) e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com baixa capacidade hospitalar.
Conforme o Palácio Piratini, esse refinamento no modelo é necessário, pois quando a capacidade hospitalar está próxima do limite, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” se tornam prejudicados – uma vez que, mesmo havendo demanda por leitos, eles podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. Esse aprimoramento visa melhor refletir e evitar o esgotamento de leitos.
Bandeira vermelha:
– Indicador 6, hospitalizações para cada 100 mil habitantes da região, apresentar bandeira vermelha ou preta;
– Indicador 8, leitos livres/leitos Covid da macrorregião, estiver menor ou igual a 0,8.
Bandeira preta:
– O Indicador 6, hospitalizações para cada 100 mil habitantes da região, apresentar bandeira preta;
– O Indicador 8, leitos livres/leitos Covid da macrorregião, estiver menor ou igual a 0,3.
Nesta 35ª rodada, as regiões de Capão da Canoa, Porto Alegre, Santo Ângelo, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões e Caxias do Sul receberam bandeira vermelha no mapa preliminar acionadas pela salvaguarda. A região de Bagé foi a única a ter acionada a salvaguarda de bandeira preta.
Fonte: Foto: SES/RS, (Marcello Campos), Redação O Sul