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O Rio Grande do Sul ficou quase todo na cor vermelha no mapa preliminar da 36ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado. Dezenove das 21 regiões Covid estão com alto risco epidemiológico, o que representa 95,8% da população gaúcha sob alto risco de contaminação e, principalmente, esgotamento de leitos. Apenas duas regiões – Ijuí e Santa Rosa – ficaram na bandeira laranja.
Entre os indicadores levados em consideração na classificação de risco, o que mais chama a atenção é o número de leitos de UTI livres em relação aos ocupados por pacientes com Covid-19: todas as 21 regiões receberam bandeira preta. O dado demonstra que a tendência já observada desde o mês de novembro, de elevada quantidade de pacientes internados, se manteve neste início de ano.
Não só a capacidade de atendimento do sistema de saúde preocupa o governo do Estado, o avanço no contágio do coronavírus também.
No entanto, apesar de os registros de hospitalizações por confirmados para Covid-19 ter aumentado de 794 para 1.567, registrando uma alta de 97%, o Comitê de Dados observa que uma hipótese para esse crescimento seria um atraso dos registros das duas semanas anteriores causado pelos feriados de Natal e Ano-Novo, o que culminou no salto de registros de hospitalizações em quase todas as regiões na semana vigente.
Esses movimentos se verificam em períodos de feriados prolongados, especialmente nas festas de final de ano, como também ocorreu nos demais Estados brasileiros.
De acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, o fato de a grande maioria das regiões ter ficado com a bandeira final vermelha já representa um sinal de alerta para a população redobrar os cuidados, mas, além disso, as festas de fim de ano ainda não tiveram impacto nos dados do mapa desta semana.
“Ainda não temos como aferir o impacto no crescimento da transmissão do vírus como resultado do período de final de ano, Natal e Ano-Novo”, afirmou Arita. “Então, o fato de não ter bandeira preta não significa que possamos, neste momento, deixarmos de estar vigilantes em relação ao contágio. É fundamental evitarmos aglomerações, fazer o uso da máscara e lavar bem as mãos, porque a situação é crítica, como mostra a classificação preliminar.”
O Gabinete de Crise vem reforçando que os protocolos específicos para cada bandeira não eliminam a necessidade de cumprimento dos protocolos obrigatórios previstos no Distanciamento Controlado e que devem ser respeitados em todas as bandeiras.
As associações regionais e, excepcionalmente, os municípios que desejarem enviar pedido de reconsideração ao mapa preliminar têm prazo de 36 horas para enviar sua solicitação ao governo.
O número de recursos recebidos será divulgado em matéria no site do governo na manhã de domingo (10). Os pedidos serão analisados pelo Gabinete de Crise e o mapa definitivo será divulgado também no site às 16h30 de segunda-feira (11). A vigência das novas bandeiras será de 12 a 18 de janeiro.
Caso a classificação prévia seja mantida, as 17 regiões em bandeira vermelha que aderiram ao sistema de cogestão regional podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira laranja. Guaíba e Uruguaiana estão em vermelho e não aderiram à cogestão, portanto, devem seguir os protocolos determinados pelo Estado. As regiões de Ijuí e Santa Rosa, classificadas em laranja, que estão na cogestão, podem utilizar protocolos de bandeira amarela, se estiver previsto no plano de cogestão.
Fonte: Foto: Governo do Estado do Rio Grande do Sul/ Divulgação, Redação O Sul