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Residente em um lar de idosos na cidade gaúcha de Bagé (Fronteira-Oeste), uma mulher de 83 anos morreu nesta semana, vítima de covid, em meio a surto da doença na instituição. O quadro de saúde dela se agravou devido a duas comorbidades com potencial de agravamento em casos de coronavírus, mesmo com esquema completo de vacinação: sequelas de AVC (acidente vascular-cerebral) e obesidade.
A ocorrência coletiva de casos foi detectada na semana passada, começando por um paciente com sintomas compatíveis. Depois dele, outros 39 velhinhos e 15 empregados receberam teste positivo – a maioria do grupo já se recuperou.
Suspeita-se de transmissão por visitantes ou mesmo funcionários da clínica geriátrica – a direção da casa garante adotar práticas preventivas como uso de máscaras e higienização constante dos espaços. De qualquer forma, as visitas permanecem suspensas por tempo indeterminado.
Os surtos de coronavírus foram – e ainda são – um dos maiores motivos de preocupação para as autoridades da área da saúde quando o ambiente atingido é uma instituição de longa permanência de idosos. Afinal, as pessoas com idade a partir dos 60 anos estão entre os grupos mais vulneráveis à doença (desde o início da pandemia, em março de 2020, a maioria dos óbitos por covid têm como vítima indivíduos nesse segmento etário).
Monitoramento
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria Estadual de Saúde (SES), aposta na continuidade da qualificando da estratégia de vigilância genômica no Rio Grande do Sul. Dentre os principais objetivos está o de compreender a dinâmica de transmissão dos principais vírus pandêmicos e epidêmicos ou com impacto na saúde pública, como coronavírus, dengue, zika, chikungunya, vírus da raiva e monkeypox.
Os dados gerados nas análises genômicas são avaliados em conjunto dos dados clínicos e epidemiológicos e as informações são compartilhadas com as diferentes instâncias da gestão da saúde pública estadual, subsidiando assim as tomadas de decisões sobre as medidas de controle das doenças causadas por esses vírus.
“Só em 2022 sequenciamos mais de 800 amostras do coronavírus, permitindo entender como as novas variantes se disseminaram e seu impacto para o controle da pandemia no Estado”, ressalta o coordenador da Vigilância Genômica no Rio Grande do Sul, Richard Salvato.
Além disso, mais de 10 artigos científicos foram publicados sobre a circulação do coronavírus no Rio Grande do Sul em revistas científicas internacionais de alto impacto.
O Cevs implementou também na rotina da vigilância genômica o sequenciamento do vírus da dengue, além de outras arboviroses como zika e chikungunya. Foram mais de 400 genomas de dengue sequenciados, onde entre os achados destaca-se a identificação do genótipo cosmopolita da dengue 2, que não circulava no Brasil.
Fonte: (Marcello Campos), Foto: EBC, Redação O Sul