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Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, morre aos 85 anos

Morreu em Lisboa, aos 85 anos, a escritora e acadêmica Nélida Piñon. Ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para qual foi eleita em 27 de julho de 1989, ela foi a primeira mulher a presidir a entidade em 100 anos.

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937 e se formou em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Segundo o site da ABL, ela foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia de letras.

Com mais de 20 livros publicados, suas obras foram traduzidas em mais de 30 países. Entre eles, romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias. Vencedora de dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, Nélida foi titular da Cátedra Henry King Stanford em Humanidades, da Universidade de Miami, no período de 1990 a 2003 (ocupada anteriormente por Isaac Baschevis Singer, prêmio Nobel de Literatura de 1978).

Em 1998, foi primeira mulher a receber o Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 1998.

Obras

  • 1961: “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo” (romance);
  • 1963: “Madeira Feita Cruz” (romance);
  • 1998: “Tempo das Frutas” (contos);
  • 1969: “Fundador” (romance);
  • 1972: “A Casa da Paixão” (romance);
  • 1973: “Sala de Armas” (contos);
  • 1974 “Tebas do Meu Coração” (romance);
  • 1977: “A Força do Destino” (romance);
  • 1980: “O Calor das Coisas” (contos);
  • 1984: “A República dos Sonhos” (romance);
  • 1987: “A Doce Canção de Caetana” (romance);
  • 1994: “O Pão de Cada Dia” (fragmentos);
  • 1996: “A Roda do Vento” (romance infanto-juvenil);
  • 1999: “Até Amanhã, Outra Vez”;
  • 1999: “O Cortejo do Divino e outros Contos Escolhidos”;
  • 2002: “O Presumível Coração da América” (discursos);
  • 2004: “Vozes do Deserto” (romance);
    “O Ritual da Arte”, ensaio sobre a criação literária (inédito);
  • 2006: “La Seducción de La Memória”;
  • 2008: “Aprendiz de Homero” (ensaios);
  • 2009: “Coração Andarilho” (memórias);
  • 2012: “Livro das Horas”;
  • 2016: “Filhos da América”;
  • Fonte: Redação O Sul

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