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O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli descartou nesta sexta-feira (19) a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil com apoio das Forças Armadas, porque julga que os militares avaliam os prejuízos que esse movimento traria para a própria caserna.
Toffoli foi questionado por repórteres estrangeiros em evento em São Paulo sobre a possibilidade de um “golpe”. “Não vai ter golpe. As nossas Forças Armadas são instituições que sabem muito bem o preço que elas pagaram quando ficaram no poder por muito tempo”, disse o ministro.
Durante seminário sobre o equilíbrio entre os Poderes, Toffoli ponderou ainda que não basta o repúdio a movimentos antidemocráticos. “Para além… de nós refutarmos aqueles movimentos que são antidemocráticos, nós temos que compreender porque um segmento tem críticas às instituições”, disse.
Toffoli fez também uma enfática defesa das urnas eletrônicas, afirmando que elas são seguras e que é uma “perda de tempo” a discussão em torno delas. O ministro do Supremo falou ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
“Eu confio nas urnas brasileiras, eu confio no sistema eleitoral (…) A Constituição brasileira será respeitada por todos nós”, disse. Ciro disse avaliar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai tranquilizar seus apoiadores e demonstrar confiança ao processo.
“Eu confio no sistema eleitoral brasileiro. (…) Acho que o próprio presidente ao longo da campanha vai passar isso, tranquilizando e dando confiança ao nosso sistema.” Nogueira disse, no entanto, que o sistema eleitoral brasileiro “não é inviolável” e pode ser aprimorado. Ele defendeu maior transparência do processo e também a participação das Forças Armadas na fiscalização da eleição, dizendo que elas foram convidadas.
O ministro afirmou ainda que a posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última terça-feira, “foi uma demonstração da maturidade das instituições e da democracia” brasileira.
Fonte: Foto: Nelson Jr./STF, Redação O Sul