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O Ministério da Saúde declarou, neste sábado (21), Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional devido à “necessidade de combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami”, em Roraima.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que, desde a última segunda-feira (16), “equipes da pasta se depararam com idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, além de muitos casos de malária, IRA (Infecção Respiratória Aguda) e outros agravos”.
Nas redes sociais, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que foram registrados três óbitos de crianças Yanomamis entre os dias 24 e 27 de dezembro de 2022, além de 11.530 casso de malária.
Em entrevista, a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, já havia adiantado a decisão do governo de declarar emergência no território Yanomami.
“O problema não começou agora, já vem de longa data. A gente tem um dado de que, a cada 72 horas, uma criança ou idoso Yanomami está morrendo por subnutrição, diarreia ou malária. Nos últimos 4 anos, 570 pessoas Yanomami morreram, decorrente da contaminação por mercúrio, devido ao garimpo ilegal, subnutrição ou malária” apontou Sônia Guajajara.
“Tem uma força nacional do SUS [Sistema Único de Saúde], que já foi enviada pelo Ministério da Saúde, e a equipe que está lá detectou essa situação de calamidade. Lula tomou conhecimento e imediatamente acionou ministros para que a gente possa começar ação emergencial e bolar um plano para que tenha atendimento de médio e longo prazo”, acrescentou a ministra.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul