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O cineasta francês Jean Luc-Godard morreu nesta terça-feira (13), aos 91 anos, em Paris. Ele é um dos fundadores da Nouvelle Vague, um dos movimentos mais importantes do cinema mundial, criado na França no fim dos anos 1950.
A Nouvelle Vague levou novos paradigmas às produções cinematográficas do mundo inteiro, influenciando diretores ao longo das décadas seguintes. Godard dirigiu mais de 40 longa-metragens em 70 anos de carreira, além de curta-metragens, documentários experimentais, ensaios cinematográficos e vídeos de música.
O presidente da França, Emmanuel Macron, se pronunciou sobre a morte do cineasta, chamando-o de “gênio” e “iconoclasta”. “Jean Luc-Godard foi o mais iconoclasta dos cineastas da Nouvelle Vague. Ele inventou uma arte decididamente moderna e intensamente livre. Perdemos um tesouro nacional e um gênio”, declarou.
Entre as obras de maior destaque do cineasta, estão “Acossado” (1960) e “O Desprezo” (1963). Godard também é responsável por filmes como “Viver a Vida” (1962), “Week-End à Francesa” (1967), “Carmen” (1983), “Eu Vos Saúdo Maria” (1985) e “Adeus à Linguagem” (2014).
Grande parte dos títulos adotava um novo estilo de filmagem, com câmeras portáteis, cortes e diálogos existenciais. No ano passado, ao completar 90 anos, o cineasta anunciou planos de se aposentar.
Nascido em Paris em 1930, Godard era de uma família franco-suíça, filho de um médico e neto de um dos fundadores do banco francês Paribas. A causa da morte não foi divulgada.