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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e governadores visitaram na noite desta segunda-feira (9) as instalações da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), um dia após os atos terroristas que depredaram as sedes da Corte, do Congresso e do Palácio do Planalto.
Após reunião com o presidente no Palácio do Planalto, os representantes estaduais atravessaram a Praça dos Três Poderes para prestar solidariedade à Corte. Em entrevista ao chegar à sede do STF, Lula disse que o caos na capital da República foi promovido por “um bando de vândalos”. “Não vamos dar trégua até descobrir quem financiou isso”, afirmou.
Também acompanharam a caminhada a presidente do STF, ministra Rosa Weber, os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, além de ministros do governo federal e parlamentares.
Inicialmente, estava prevista uma reunião com os governadores e os ministros no STF, mas a previsão foi alterada para a caminhada.
Barroso
Os atos de vandalismo protagonizados por manifestantes radicais no domingo (8), em Brasília, incluíram pichações com a frase “perdeu, mané”, pelas instalações dos prédios dos Três Poderes. A frase foi dita anteriormente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que revelou não se arrepender de tê-la proferido. “Tem um perdeu ali com ‘L’, isso sim é de lascar”, disse ao deixar a sede da Corte.
Apesar do momento de descontração, o clima era mais sério. Barroso definiu o estado das instalações do Supremo como “simbolicamente doloroso, mas a vida é feita de recomeços, o Supremo vai se reconstruir e recomeçar. A reconstrução passa punição rirogorosa dos terroristas”. “Não são patriotas, são pessoas que envergonham a pátria. Até o cristo essa gente que fala em Deus arrancou da parede e jogou no chão”, declarou.
O magistrado conversou com jornalistas ao deixar a sede do STF, após um gesto simbólico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visitou o local acompanhado dos líderes dos Três poderes e de 27 governadores eleitos. Para magistrado, há urgência para restaurar a importância da “civilidade”, da “oposição com respeito”.
Barroso negou proferir julgamentos sobre os possíveis culpados e, ou, responsáveis pelos ataques. “Acho que não é hora de atirar pedras. Acho que é hora de recolhê-las e reconstruir o Brasil [que foi] moralmente devastado por uma pequena quantidade de pessoas”, concluiu.
Fonte: Foto: Agência Brasil, Redação O Sul