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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou os 27 governadores para uma reunião emergencial em Brasília a partir das 8h desta segunda-feira (9). Na pauta estão ações em conjunto para fortalecer a segurança institucional, evitando que se repitam em todo o País os atos extremos cometidos por bolsonaristas radicais neste domingo no Distrito Federal.
De acordo com a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, dentre os objetivos do encontro é promover um ato em defesa da democracia brasileira. A ideia é a arregimentar apoio contra tentativas de desestabilização do sistema político.
Líderes dos Três Poderes avaliam que a imagem de união é mais importante do que nunca. Essa linha de pensamento já encontra eco entre os chefes de Executivos estaduais, alguns dos quais já estão enviando – ou a menos colocando à disposição – policiais para reforçar a segurança na capital federal.
A iniciativa antecipa um cronograma estipulado pelo mandatário do Palácio do Planalto logo após assumir o cargo, em 1º de janeiro. O plano era convocar para 27 de janeiro o primeiro de seis encontros com governadores até o fim do ano, tendo como ponto de partida uma apresentação da nova estrutura governamental, além das metas de cada Ministério para os primeiros 100 dias de gestão.
“Lula também deve aproveitar o momento para fazer um apelo por um pacto nacional em prol do País”, noticiou-se na semana passada. “A expectativa é que as reuniões sejam bimestrais e as discussões tenham como foco uma pauta única. Para isso, Lula pedirá que os governadores se reúnam com antecedência para definir por consenso as demandas a serem apresentadas.
A reaproximação do Executivo com os entes federativos fez parte das promessas da campanha eleitoral de Lula. O objetivo do petista é melhorar a relação da Presidência da República com os governos estaduais, marcada por conflitos na gestão de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente não tinha encontros periódicos com os gestores estaduais e dava preferência a reuniões individuais, com aliados.
Dentre as principais divergências estavam as medidas sanitárias adotadas durante a pandemia de coronavírus, bem como discussões sobre tributação de combustíveis.
Governadores ouvidos por veículos da imprensa receberam de forma positiva o convite para abertura de diálogo. Alguns até desejavam o encontro antes da posse presidencial. Antes dos tumultos deste domingo, os assuntos prioritários eram a compensação por perdas de arrecadação do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre combustíveis e a retomada de obras paralisadas na gestão anterior.
Ministros
Por videoconferência, Lula fez neste domingo uma reunião de emergência com os ministros José Mucio Monteiro (Defesa), Flavio Dino (Justiça e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O petista discutiu com esses três membros de seu primeiro escalão uma série de medidas contra os invasores e vândalos, bem como avaliar prejuízos.
O formato on-line da conversa de deveu ao fato de o presidente ainda estar em Araraquara (SP), na ocasião, para vistoriar estragos da chuva que deixaram ao menos seis mortos – a visita teve o fim apressado devido às manifestações violentas em Brasília. O acompanhavam na viagem os titulares das pastas do Trabalho, Luiz Marinho (PT), das Cidades, Jader Filho (MDB) e do Desenvolvimento Nacional, Waldez Góes (PDT).
Fonte: Foto: Ricardo Stuckert/PR, Redação O Sul