Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
A juíza Jacinta Silva dos Santos determinou a prisão temporária por cinco dias de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. A prisão será decretada nas próximas horas.
Os procuradores dos municípios de Atalaia do Norte e Benjamim Constant, Ronaldo Caldas e Davi Barbosa de Oliveira, abandonaram a defesa de Amarildo.
A prefeitura de Atalaia do Norte, no Amazonas, afirmou nesta quinta-feira (9) que não tem relação com Amarildo, considerado pela polícia o principal suspeito do desaparecimento da dupla, no Vale do Javari. Em nota, a prefeitura afirma que Caldas “foi procurado pela família” para defender Pelado, pois ele “também atua como advogado particular”. O comunicado também diz que “o serviço não tem qualquer relação com a gestão municipal”.
Pelado também era defendido pelo procurador de Benjamim Constant, cidade vizinha a Atalaia do Norte. Trata-se do advogado Davi Barbosa de Oliveira. A contratação dos dois profissionais chamou a atenção dos investigadores.
Uma testemunha considerada chave afirmou que viu Pelado carregar uma espingarda e fazer um cinto de munições e cartuchos pouco depois que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips deixaram a comunidade São Rafael com destino à Atalaia do Norte, na manhã do último domingo (5).
De acordo com a narrativa da testemunha, Pelado, a quem se referiu como “homem muito perigoso”, já vinha prometendo “acertar contas” com Bruno e afirmou que iria “trocar tiros” com ele tão logo o indigenista aparecesse no local.
Logo depois que Bruno e Phillips deixaram a comunidade, um colega de Pelado foi visto em seu barco com o motor ligado em ponto morto, à espera dele, e outra pessoa deitada no barco, perto de onde Bruno e Phillips supostamente desapareceram. A testemunha contou ainda que, logo mais abaixo do rio Itaquaí, Pelado foi novamente visto no barco, desta vez com mais quatro pessoas passando em alta velocidade. Depois disso, não foi visto mais. Ela disse ainda que não “resta dúvidas” de que ele e os demais foram atrás da embarcação para fazer “algo de ruim” contra o barco do indigenista e do jornalista.
O relato da testemunha, que deve ser colocado em um programa de proteção, coincide com a informação de que policiais militares que prenderam Pelado, nesta terça-feira, confirmaram que a lancha do suspeito foi vista perseguindo o barco do indigenista e do jornalista logo depois que eles deixaram a comunidade São Rafael. Pelado foi preso e trazido para a cidade na própria lancha.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul