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Incêndios na Argentina provocam “chuva de fuligem” em São Borja

São Borja, situado na fronteira com a Argentina, tem enfrentado “chuvas de fuligem” nos últimos dias. O motivo são os incêndios florestais que têm consumido a vegetação no país vizinho. Estima-se que 780 mil hectares já foram consumidos pelas chamas nos últimos 50 dias na província de Corrientes.

“Coisa triste esse negócio dos incêndios aqui na Argentina, as ruas de São Borja, inclusive o pátio aqui de casa tá todo cheio de fuligem”, escreveu neste domingo uma moradora de São Borja, município situado no Rio Grande do Sul, na divisa com a Argentina.

“Efeito dos incêndios na Argentina. Fuligem em toda São Borja”, escreveu um outro morador na cidade.

Para controlar as chamas, o Corpo de Bombeiros enviou militares para atuar no lado argentino da fronteira, na cidade de Santo Tomé. A informação foi dada pelo embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli.

“Bombeiros do estado do Rio Grande do Sul e do município de São Borja cruzam a fronteira para se juntar ao combate ao incêndio no município de Santo Tomé a pedido do prefeito José Augusto Suaid Cortes”, escreveu o embaixador, no Twitter.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, os incêndios destruíram uma área de 780 mil hectares em Corrientes. A área atingida pelas chamas corresponde a 9% do território da província.

Bombeiro combate queimada na província de Corrientes, na Argentina Foto: STRINGER / REUTERS

“Ontem lutamos o dia todo para combater quilômetros de fogo. Hoje as condições são mais favoráveis, há mais umidade. Montamos uma grande equipe de trabalho com as 50 unidades que vieram de Buenos Aires, juntamente com a Polícia Militar Brasileira”, disse o ministro da Segurança da Argentina, Sergio Berni, ao jornal La Nacion, neste domingo.

As autoridades de Corrientes declararam que a província enfrenta um “desastre ecológico e ambiental”. Apenas em janeiro, a Argentina registrou 7.199 focos de incêndio. A média histórica mensal é de 1.648 focos de calor.

Fonte: Foto: Reprodução/Redes sociais, Redação O Sul 

 

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