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Herói nacional da Sérvia, Stojkovic administra expectativas de seu país na Copa

Algumas personalidades do esporte costumam usar definições nada modestas para falar de Dragan Stojkovic, o último grande ídolo em campo da Iugoslávia, hoje treinador da Sérvia. Arsène Wenger o chama de “gênio”. Gabriel Batistuta disse recentemente que o talento do ex-camisa 10 “está no patamar de Pelé, Cruyff ou Maradona” — o que para os sérvios não parece um exagero.

Aos 57 anos, o ídolo do Estrela Vermelha, de Belgrado, comanda nesta quinta-feira (16h), contra o Brasil, uma geração sérvia que causa muita expectativa à nação balcânica. “Pixi”, como é tratado no país, é o responsável por dirigir um time com jogadores em grande fase, como Tadic (Ajax), Mitrovic (Fulham), Milinkovic-Savic (Lazio) e a estrela Vlahovic (Juventus).

— “Pixi” é um mix de Garrincha com Doutor Sócrates para a Sérvia, considerado por muitos nosso melhor jogador de todos os tempos — afirma o jornalista Uros Jovicic. — A carreira dele não ia bem nos clubes, mas era brilhante na seleção, o que fez dele um herói. Por causa disso, ele tem grande autoconfiança e autoridade sobre o time. Todos acreditam nele e em um milagre no Catar.

Copa de 1990

Embora seja a primeira Copa de Stojkovic como técnico, ele tem história no torneio. Em 1990, no seu auge, levou a Iugoslávia às quartas de final, marcando os dois gols da classificação contra a Espanha nas oitavas. Foi eliminado pela Argentina em uma disputa de pênaltis na qual as duas principais estrelas de cada time perderam suas cobranças: ele e Maradona.

Auge na desintegração

Depois de ficar fora da Copa 1994, um veterano Stojkovic tentou liderar uma já fragmentada Iugoslávia na França, competição em que os croatas acabaram brilhando.

A desintegração do país, aliás, marcou o auge de sua carreira. Em 1990, ele era capitão do Estrela Vermelha na partida contra o Dínamo de Zagreb que terminou em pancadaria generalizada. O jogo ocorreu poucos dias depois das primeiras eleições da Croácia, que acabou com vitória dos partidos a favor da independência.

— Essa partida é um dos símbolos do ódio que levou à desintegração da Iugoslávia — lembra Jovicic.

Stojkovic deixou o Estrela Vermelha, que no fim da temporada 1990/1991 conquistou a Liga dos Campeões. Ele se sagraria campeão do torneio no ano seguinte, pelo Olympique (FRA).

Como treinador, passou por clubes asiáticos, antes de assumir a seleção, carregando enormes expectativas da torcida sérvia. No início da semana, falou sobre o que pretende no Catar:

— Viemos aqui para mostrar que temos qualidade e devemos ir o mais longe possível. A gente vai jogo a jogo. Se seremos favoritos ou azarões, é irrelevante.

Fonte: Foto: Divulgação, Redação O Sul 

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