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Após reunião do Gabinete de Crise, o governo gaúcho prorrogou por mais uma semana a vigência do sistema de distanciamento controlado. O argumento é de que o diálogo sobre o assunto precisa ser ampliado antes do anúncio do novo modelo, que deve ser adotado a partir da próxima sexta-feira (15). Até lá, todo o mapa do Rio Grande do Sul permanece sob bandeira vermelha e sem cogestão.
A ideia inicial era implantar uma nova ferramenta de gestão da crise sanitária já nesta segunda-feira (10), data em que o atual modelo completará um ano.
Os debates sobre o assunto continuam nesta sexta-feira (7), quando o governador Eduardo Leite agendou novo encontro virtual com prefeitos e deputados. Já no sábado serão promovidas reuniões com especialistas em saúde e representantes de segmentos produtivos.
Todos terão um prazo até a terça-feira (11) para o envio de sugestões ao Palácio Piratini, que pretende divulgar dois dias depois as novas diretrizes, para que passem a valer na primeira hora de sábado (15).
Detalhamento
Na primeira reunião com prefeitos e deputados, terça-feira passada, eles conheceram uma “espinha dorsal” do sistema que pretende colocar em prática.
Em vez de bandeiras coloridas (amarela, laranja, vermelha ou preta) para definir restrições de atividades no combate à pandemia, a ideia básica é implantar “alertas” quando houver aumento no grau de risco epidemiológico de cada uma das 21 “Regiões-Covid”.
Pela sugestão inicialmente apresentada pelo Palácio Piratini, caberá ao governo do Estado definir restrições mínimas obrigatórias, além de sugerir protocolos-padrão por atividades, em número inferior ao atual.
Além disso, os municípios poderão adotar protocolos por atividades, respeitando restrições mínimas obrigatórias. Também continuará necessária a adesão de dois terços das prefeituras de uma região e apresentação de plano de fiscalização dos protocolos a serem adotados.
“No ano passado, criamos um modelo pioneiro matemático, com base em indicadores de saúde, para que tivéssemos um sistema mais objetivo”, frisou Eduardo Leite na ocasião. “Ao longo da pandemia, principalmente com o avanço agressivo da ocupação de leitos, tivemos de fazer ajustes.” Ele prosseguiu:
“Como as variações em cada um dos indicadores ficaram desencontradas com a gravidade da situação, a salvaguarda foi criada para conseguir garantir que as restrições fossem adequadas ao momento”.
Leite também admitiu que o modelo praticado semanalmente desde maio de 2020 acabou ficando complexo. Embora haja uma avaliação oficial de que o sistema cumpriu o seu papel, Leite defendeu a ideia da necessidade de atualização, de forma mais simplificada e com maior participação dos municípios na definição dos protocolos das atividades.
“Acreditamos que cabe ao Estado fazer o alerta, porque temos capacidade de monitoramento dos indicadores, e acionar as regiões se for necessário”, finalizou. “Mas entendemos que, neste momento, as regiões e os municípios têm de ter mais protagonismo para definir os seus protocolos.”
(Marcello Campos)
Fonte: Foto: Divulgação, Redação O Sul