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Em coletiva sobre os próximos passos do Rio Grande do Sul no combate à pandemia do coronavírus, o governador Eduardo Leite revelou neste sábado os detalhes do plano de “distanciamento social controlado”, que passa a vigorar a partir de segunda-feira no Estado. Na próxima semana, o uso de máscaras passa a ser obrigatório em todo o RS e a cidade de Passo Fundo mudará da bandeira vermelha para a laranja, diminuindo as restrições às atividades do comércio e da sociedade. Um site específico para o controle do isolamento social foi criado pela administração estadual. A publicação do decreto deverá ser feita neste domingo.
“A imensa maioria da população ainda não entrou em contato com o coronavírus e não tem sistema imunológico para o coronavírus e estão completamente vulneráveis, por isso, é preciso um nível de distanciamento para que o vírus circule menos, foi desta forma que pensamos este modelo”, salientou Leite.
Das novidades do modelo, o uso de máscaras passa a ser obrigatório no Estado. “A máscara é uma determinação e estamos confiando na sociedade como apoiadores desta medida, deste novo comportamento, para que assim seja possível reduzir o avanço do coronavírus”, explicou Leite.
Sobre a mudança da situação de Passo Fundo, os indicadores de velocidade, de acordo com o governo, mudaram, por isso, a alteração foi realizada. “O número de óbitos em relação à população de 100 mil habitantes caiu de uma semana para outra e o crescimento de internações e pacientes Covid-19 diminuiu”, reiterou. Lajeado, no entanto, é a única região do Rio Grande do Sul que está com bandeira vermelha.
O governador também explicou que a bandeira preta, nível de risco altíssimo, não significa um “lockdown”. “Nós entendemos o “lockdown” como uma restrição de circulação de pessoas, neste modelo, estamos tratando sobre liberação ou restrição de atividades”, apontou Leite.
Os protocolos do modelo de distanciamento podem ser acessados no site do governo do Estado, além da base metodológica usada no distanciamento e dos documentos que explicam a bandeira de cada região.
Um dos principais pontos do novo modelo social controlado são as bandeiras, que indicam o nível em que a região está e quão restritivas devem ser as medidas adotadas naquele local.
Amarela – risco médio/baixo
Laranja – risco médio
Vermelha – risco alto
Preta – risco altíssimo
De acordo com o governador Eduardo Leite, as bandeiras devem ser observadas também como alertas para a população e para o Poder Público. “É uma forma da população observar, verificar e reiterar seu compromisso com as medidas de segurança. Se estamos em uma bandeira amarela e passamos para a laranja, é preciso intensificar as medidas e respeitar”, explicou.
Os níveis das bandeiras são calculados com base em 11 indicadores, que se dividem em dois grupos, a propagação e a capacidade de atendimento de cada local. Ambos possuem a mesma relevância na hora de determinar o risco de cada região. Quanto mais elevado o risco, maior o número de restrições.
Neste plano de distanciamento, para aplicar os níveis de risco, o Governo juntou 30 Regionais de Saúde e as dividiu em 20 regiões, que levam o nome da cidade mais populosa do local.
São elas: Santa Maria (R01 e R02), Uruguaiana (R03), Capão da Canoa (R04 e R05), Taquara (R06), Novo Hamburgo (R07), Canoas (R08), Porto Alegre (R09 e R10) Santo Ângelo (R11), Cruz Alta (R12), Ijuí (R13), Santa Rosa (R14), Palmeira das Missões (R15 e R20), Erechim (R16), Passo Fundo (R17, R18 e R19), Pelotas (R21), Bagé (R22), Caxias do Sul (R23, R24, R25 e R26), Cachoeira do Sul (R27), Santa Cruz do Sul (R28) e Lajeado (R29 e R30).
Nas atividades econômicas, são 12 grupos: Administração pública, Agropecuária, Alojamento e Alimentação, Comércio, Educação, Indústria da construção, Indústria de transformação e extrativista, Saúde, Serviços, Serviços de informação e comunicação, Serviços de utilidade pública e Transporte. Cada atividade é dividida em tipos e subtipos.
Para auxiliar na aplicação do modelo de distanciamento social controlado, segundo Leite, o governo do Estado está credenciando novos laboratórios para realizar a testagem da Covid-19. “Os testes nos ajudam a entender em que velocidade está a propagação da doença, por isso estamos realizando esses credenciamentos e também estamos aplicando os testes rápidos que estão sendo realizados pelas prefeituras municipais”, salientou.
“Se não temos capacidade para realizar a testagem em massa da população, precisamos aplicar os testes de forma inteligente”, reiterou Leite, fazendo referência também ao estudo inédito encomendado pelo governo do Estado para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que mapeia os casos e acompanha a cada 15 dias a velocidade de disseminação do contágio entre os gaúchos.
De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.
Fonte: Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / Divulgação / CP, Correio do Povo