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Falta de chuvas já levou 16 municípios gaúchos a decretarem situação de emergência desde o início do mês

Ao longo deste mês, as prefeituras de 16 municípios gaúchos decretaram situação de emergência devido à falta de chuvas. A primeira a protocolar solicitação com esse objetivo foi a de Tupanciretã (Centro-Oeste do Estado) – o processo foi homologado pelo governo do Rio Grande do Sul e reconhecido pela União, permitindo solicitação de recursos para atendimento à população, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestruturas.

Já a cidade de Júlio de Castilhos, na mesma região, aguarda confirmação de seu pedido pelo governo federal. As demais 15 ainda não obtiveram sinal-verde estadual.

A lista abrange Agudo, Benjamin Constant do Sul, Cerro Branco, Cerro Grande, Cristal do Sul, Cruz Alta, Herval, Jari, Manoel Viana, Palmitinho, Pinhal, Redentora, São Gabriel e São Pedro das Missões, todas com encaminhamentos feitos no período de 1º a 27 de dezembro.

Sem alívio imediato

De acordo com boletim informativo da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), um cenário de instabilidade climática deve se potencializar até esta quarta-feira (28), com chuva na maioria das áreas do mapa gaúcho. Mas o alívio ainda não virá desta vez para todo mundo, já que os acumulados mais consideráveis ficarão restritos à faixa Norte, próximo à divisa com Santa Catarina.

Embora as temperaturas tenham sido amenas no começo da semana, a previsão é de elevação a partir desta quarta-feira (28). O calor voltará a predominar, principalmente na Região Oeste do Estado. “Com a chuva ocorrendo de forma pouco expressiva e temperaturas se elevando, existe a possibilidade de agravamento da situação relacionada à estiagem”, sublinha o governo gaúcho.

Recomendações

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul produziu uma série de materiais informativos para auxiliar a população e os gestores municipais a lidarem com a situação de emergência devido ao déficit de chuvas. O conteúdo pode ser conferido no site defesacivil.rs.gov.br.

Dentre as recomendações está o uso consciente da água por todas as pessoas, tanto em ambientes públicos quanto privados. Confira:

– Não lavar calçadas ou veículos.
– Evitar desperdícios em geral.
– Não tomar banho demorado.
– Molhar as plantas somente com regador.

Dados estatísticos

Um estudo realizado pelo governo gaúcho e apresentado recentemente aponta que 464 municípios do Rio Grande do Sul publicaram decretos de emergência sobre o tema no período de 2017 a 2021. O total foi de 2.265 ocorrências que afetaram 1,91 milhão de indivíduos, direta ou indiretamente.

As regiões com maior volumes de prejuízo por conta desse tipo de desastre natural foram aquelas com sede em Santo Ângelo, Santa Maria, Uruguaiana e Frederico Westphalen.

Fonte: (Marcello Campos), Foto: EBC, Redação O Sul 

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