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Empresário brasileiro acusado de crimes sexuais, é preso em Abu Dhabi

A Interpol cumpriu nesta sexta-feira (14) a prisão do empresário Thiago Brennand, acusado de crimes sexuais, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O empresário havia fugido do país depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou sua prisão preventiva em investigação sobre crimes de lesão corporal e corrupção de menores.

Relembre o caso

Brennand ficou conhecido após a divulgação de vídeos que mostram agressões contra a modelo Helena Gomes, de 37 anos, em uma academia de luxo em São Paulo. Segundo ela, a violência aconteceu após ela dizer “não” a um convite de Brennand para jantar.

O suspeito chegou a cuspir no rosto e puxar o cabelo dela. A promotoria também o acusou de incentivar o filho dele, menor de 18 anos, a xingar a vítima. O empresário foi então proibido de frequentar estabelecimentos esportivos e a chegar a menos de 300 metros da vítima e das testemunhas.

Depois, Brennand ainda descumpriu uma ordem judicial para entregar o passaporte às autoridades no dia 23 de setembro. A Justiça ainda deu um prazo de dez dias para que ele voltasse ao Brasil depois da viagem que fez para Dubai em 3 de setembro.

O que acontece após a prisão de Thiago Brennad?

Após a prisão, ele ficará em Abu Dhabi aguardando os trâmites do processo de extradição. A defesa de Brennand tem negado as acusações de que o empresário agrediu Helena dentro da academia e de que incitou seu filho a xingar a aluna. Além desse caso, o Ministério Público de São Paulo passou a ouvir mulheres que acusam Brennand de estuprá-las.

Uma das vítimas relatou, no programa exibido no Fantástico no dia 5 de setembro, que o empresário a manteve em cárcere privado, a agrediu, e divulgou um vídeo íntimo dela sem o seu consentimento, além de forçá-la a fazer uma tatuagem com as letras do nome do empresário.

O que dizem as vítimas?

Depois da divulgação dos vídeos com as agressões, outras mulheres vieram a público para denunciar abusos. O Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência (NAVV), do Ministério Público de São Paulo, ouviu 11 vítimas nas últimas semanas. Entre elas, nove disseram ter sido estupradas pelo empresário e três afirmaram que ele as obrigou a tatuarem suas iniciais em seus corpos.

Nesta sexta-feira, 14, o MP denunciou Brennand à Justiça por mais dez crimes contra uma mulher de Porto Feliz, no interior de São Paulo. Ela também disse ter sido foi obrigada a tatuar as iniciais dele – TFV – em seu corpo. O empresário tem uma residência num condomínio de alto padrão da cidade. Segundo o Tribunal de Justiça, ainda não há uma decisão judicial sobre o caso.

A Promotoria de Porto Feliz pediu também a decretação de nova prisão preventiva contra Brennand. O MP acusou o empresário pelos crimes de estupro (cinco vezes), cárcere privado, tortura, lesão corporal de natureza gravíssima, coação no curso do processo, constrangimento ilegal (três vezes), ameaça (quatro vezes), registro não autorizado da intimidade sexual e divulgação de cena de estupro ou sexo (oito vezes).

Entre as vítimas, estão mulheres que o conheceram pelas redes sociais ou pessoalmente e tiveram algum contato ou relacionamento com ele. Além elas, pelo menos dois homens acusam o empresário de agressões.

Fonte: Foto: Reprodução/Instagram, Redação O Sul 

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