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Na manhã desta quarta-feira (15), o corpo técnico do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) de Camaquã convidou a imprensa e realizou a primeira live coletiva da instituição para falar sobre as ações de enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19) no município. Dentre outros assuntos, foi apresentado pelo diretor técnico, Dr. Tiago Bonilha, o plano de enfrentamento à doença (estratégia usada pelo hospital).
“Até hoje (15) de manhã, a gente tem mais ou menos esta situação; em nível internacional é muito variável, têm países que já estão saindo do pico de adoecimento e retomando as atividades normais, e países que estão no olho do furacão (enfrentando problemas). Em nível nacional a gente nota que ainda está em crescimento no número de casos e de óbitos. Em nível estadual a gente está num padrão confortável, ou seja, as estruturas de saúde estão conseguindo comportar a quantidade de pacientes. E, em nível regional a gente está num nível muito confortável, sem evidência da circulação do vírus (Sars-Cov-2) aqui na comunidade […]. A gente não tem nenhum caso local”, relatou Bonilha.
O plano de ação
O HNSA formou o gabinete de grise que avalia frequentemente a situação da doença e segue o protocolo do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde e de consultorias e pesquisas realizadas. O estudo de enfrentamento é dividido em três níveis; verde, amarelo e vermelho, e em dois ambientes de atuação; o ambulatorial, que é o atendimento feito fora do hospital (UPA, unidades básicas de saúde, consultórios médicos…), e o hospitalar, que teve um upgrade com a Unidade de terapia intensiva (UTI).
No plano de ação, o Hospital Nossa Senhora Aparecida estabeleceu os grupos de atendimento em casos de suspeita de covid e não covid e suspendeu os atendimentos eletivos. Além disso, foi definido e está sendo aplicado o protocolo de acesso direto de pacientes suspeitos que são encaminhados dos municípios de origem para a UPA ou para as unidades básicas de saúde.
Entre outras ações, também foi criada uma sala de espera separada ao lado do pronto socorro, onde tem uma unidade de triagem, uma unidade médica, um consultório médico e uma sala de medicação separados para atendimento de pessoas com problemas respiratórios. Por ali, passa o primeiro atendimento dos casos respiratórios.
Foi reforçada a escala médica no setor de internação, e já foi montada praticamente toda a estrutura física para a instalação das UTIs, porém para a implementação das unidades falta ainda chegarem recursos e o material, que são de responsabilidade do Estado, e não tem previsão de chegada.
Nível verde
O nível verde é a situação atual que vive o município, com tempo de fazer adaptações, de mudar protocolo e da equipe trabalhar. Quando a demanda de atendimento está baixa e o desempenho está equilibrado, onde se consegue atender todos que chegam no hospital, e se consegue resolver e fazer as transferências necessárias. “Hoje, em Camaquã estamos em lua de mel (nível verde), vamos dizer assim”, afirmou Bonilha.
Nível amarelo
O nível amarelo é quando se tem uma demanda maciça de pacientes, mas o hospital consegue ter um desempenho bom no atendimento, não tendo quebra de equipe e de EPI, ou seja, nada que impossibilite de atender a população que está dando entrada no hospital. Portanto, sem UTIs já passa direto para o nível vermelho.
Nível vermelho
Já o nível vermelho é quando o sistema de saúde entra em colapso, é quando os hospitais não conseguem atender a demanda. Este foi o caso que ocorreu na Itália, em virtude da doença. “Isso é que a gente não quer, do que o mundo todo está fugindo, o que aconteceu na Itália que é o colapso no sistema (de saúde). Por isso a importância do isolamento (social), por isso a importância do lockdown, da freada que a gente deu, que é para a gente estruturar melhor o atendimento para evitar este colapso aí”, concluiu Bonilha. O portal de notícias Blog do Juares (BJ) participou da coletiva. Veja a live!
Fonte: Blog do Juares