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Corpos de indigenista Bruno Pereira e jornalista Dom Phillips chegam a Brasília para perícia

Os restos mortais atribuídos ao jornalista britânico Dom Phillips e ao indigenista Bruno Araújo Pereira chegaram a Brasília (DF) precisamente às 18h34 desta quinta-feira (16). Ambos foram executados no Vale do Javari (AM) e estavam desaparecidos desde 5 de junho.

Os corpos desembarcaram no hangar da Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. A partir de agora, serão submetidos a exame de identificação e perícia, que deve ser concluída até a próxima semana.

Em nota, a corporação informou que às 10h (horário de Manaus) a equipe de peritos federais embarcou com destino à capital federal.

A PF faz buscas nesta quinta para encontrar o barco usado pelas vítimas. O possível local, segundo a investigação, foi apontado por Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, um dos suspeitos no caso. Ele está preso e confessou parte do crime.

O barco teria sido afundado pelos criminosos em uma área de mata. Sacos de terra teriam sido colocados na embarcação para fazer peso e forçar o naufrágio.

Ao menos cinco pessoas são investigadas por suposto envolvimento nas mortes. Além dos irmãos presos, um terceiro teria auxiliado na execução; outro, na ocultação dos corpos; e o quinto seria o mandante.

As vítimas

Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Em 2019, após combater mineração ilegal em terras indígenas, Bruno foi dispensado do cargo de chefia.

A exoneração do servidor ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista estava licenciado da Funai e fazia parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Bruno era alvo constante de ameaças, devido ao trabalho desempenhado junto aos indígenas, contra invasores.

Jornalista preparava livro

Dom Phillips era jornalista colaborador do veículo britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador.

Com apoio da Fundação Alicia Patterson, Phillips trabalhava em um livro sobre meio ambiente.

Além do Guardian, Phillips já havia publicado textos no Financial Times, New York Times, Washington Post e em agências internacionais de notícias.

Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul 

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