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Brigadianos encontram corpo decapitado de mulher em uma casa na cidade de Canoas

Um feminicídio cometido nesta semana em Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre) chocou duplamente a comunidade do bairro Rio Branco. Além do crime em si, o corpo estava decapitado sobre a cama de um quarto de casal quando policiais da Brigada Militar (BM) chegaram ao local, após telefonema para o serviço 190.

De acordo com a Polícia Civil, que apura o caso, o marido da vítima teria sido o autor do assassinato, motivado por uma suposta infidelidade conjugal. Essa foi a declaração do homem, de 37 anos (ela tinha 49), ao ser preso em flagrante na própria residência.

Os investigadores já levantaram uma informação intrigante: não há histórico conhecido de problemas de convivência entre o homem e a mulher. Vizinhos que prestaram depoimento corroboraram esse aspecto, garantindo jamais terem notado eventuais episódios de discussão ou mesmo violência doméstica.

A vítima é Janiere Jaqueline Frasson Thomas, que deixa um filho de 12 anos. O corpo dela será sepultado na manhã deste sábado (10) na cidade de Terra Roxa (Paraná), onde vivem diversos familiares.

Outra decapitação

Nos últimos dias, essa foi a segunda notícia envolvendo decapitação no Rio Grande do Sul. A primeira foi um julgamento realizado  nesta semana teve como desfecho a condenação de dois homens pela morte de uma adolescente de 12 anos, em setembro de 2016.

A vítima foi executada no bairro Mario Quintana, Zona Sul da capital gaúcha, como punição por supostamente repassar informações entre facções rivais. O corpo foi separado da cabeça.

As sentenças foram de quase 38 anos para um dos réus e de 26 anos e meio para o outro, pelos crimes de cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Um terceiro denunciado foi absolvido.

De acordo com o processo do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), a garota foi mantida presa por seus algozes em uma casa durante várias horas, já sabendo que seria executada. Depois, foi conduzida até um cemitério clandestino e morte por decapitação.

A primeira testemunha de acusação a ser ouvida durante o julgamento foi o delegado Gabriel Oliveira Bicca, da Polícia Civil e responsável pela investigação do caso na época. Em seu depoimento, ele contextualizou o crime no âmbito de dos índices de violência da capital gaúcha e de sua ligação com a disputa de territórios.

Em seguida, foi a vez da também delegada Luciana Peres Smith. Ele detalhou aspectos da apuração do caso e compartilhou revelações sobre a morte da garota, obtidas por meio do procedimento de delação premiada.

Fonte: (Marcello Campos), Foto: Reprodução, Redação O Sul

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