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O Canadá voltou à Copa após 36 anos para surpreender. Sede do próximo Mundial, a seleção canadense liderou as Eliminatórias da América do Norte, Central e Caribe e nesta quarta-feira (23) dominou a favorita Bélgica, em Al-Rayyan, mas acabou derrotada por 1 a 0 pelo Grupo F. Os canadenses viram Courtois defender um pênalti no começo do jogo e Batshuayi assinalar o gol solitário belga em uma rara oportunidade em falha de posicionamento da defesa adversária.
O nível de dificuldade imposto aos belgas reafirmou o Canadá como franco candidato a avançar às oitavas de final, principalmente após o sonolento empate sem gols entre Marrocos e Croácia mais cedo. Derrotar a Bélgica na estreia não seria obra do acaso. A construção de jogo, de forma propositiva, pode animar a equipe canadense a conseguir melhores resultados nos próximos desafios do Mundial.
O jogo
Os primeiros minutos mostraram um Canadá surpreendente. Com formações espelhadas, os canadenses tomaram o controle do jogo, criando diversas oportunidades ofensivas, sufocando os belgas com marcação em linha alta. O grande lance, porém, frustrou o Canadá aos 10 minutos. Buchanan finalizou, e o belga Carrasco impediu o gol com o braço. O VAR recomendou a revisão, e o árbitro de Zâmbia assinalou a penalidade. Alphonso Davies, do Bayern de Munique e nome mais importante da seleção canadense, cobrou mal, e Courtois defendeu o chute rasteiro.
A etapa inaugural mostrava apenas uma equipe se arriscando em busca da abertura do marcador. O Canadá adotou uma postura robusta, com amplo domínio tático do jogo e anulando as alternativas da Bélgica de chegar à meta. A seleção canadense se mostrou criativa, desenhando lances plásticos, de bola parada, velocidade, triangulações, dribles e chutes de fora da área. Só faltava o gol.
A Bélgica não conseguiu se impor e estava assustada com a valentia do adversário. O placar de finalizações após 40 minutos, mostrava 12 arremates canadenses e apenas quatro belgas. Nomes como Kevin De Bruyne e Eden Hazard, completamente apagados, só eram acionados em raros contragolpes. Substituto de Lukaku, Batshuayi fazia o papel de escape dos belgas, gerando algumas instabilidades defensivas para a equipe da América do Norte.
O futebol, porém, prega peças e pode aflorar seu caráter traiçoeiro a qualquer momento. No apagar das luzes do primeiro tempo, em uma das poucas arrancadas, Batshuayi conseguiu vencer a defesa canadense, contando com o mau posicionamento da linha defensiva, e abriu o marcador para a Bélgica em Al-Rayyan, aos 44. O marcador no apito final do primeiro tempo mostrou um jogo com contornos ardilosos, obrigando os canadenses a manterem modelo semelhante para buscar um resultado mais condizente com seu nível de produção.
Segundo tempo
Como previsto, a seleção canadense voltou para a parte complementar com o mesmo propósito, mas a ansiedade atrapalhava a conclusão das jogadas. Buchanan, Eustáquio e Alphonso Davies mantinham os holofotes apontados para si. Entre os belgas, De Bruyne se prestou ao papel defensivo.
O volume de jogo canadense fatalmente custaria fôlego no segundo tempo. As chances de gol do Canadá ficaram mais esparsas e poucas vezes incomodaram o goleiro Courtois.
Com isso, a Bélgica conseguiu equilibrar as ações e afastar o adversário da sua grande área. Administrar o resultado e controlar o ímpeto canadense eram a ordem. Largar na Copa do Mundo com uma vitória é fundamental para manter a confiança de uma seleção que chegou ao Catar pressionada pela expectativa de colher frutos com sua geração de ouro.
Assim, a seleção belga conseguiu estabilizar o jogo e conduzir a vitória simples e pragmática para seguir como favorita a se classificar na liderança da Chave.
Segunda rodada
Na próxima rodada do Grupo F, a seleção belga mede forças com o Marrocos, no domingo, às 10h. Mais tarde, às 13h, é a vez do Canadá atuar novamente, dessa vez encarando a atual vice-campeã Croácia.
Fonte: Foto: Twitter @BelRedDevils/Divulgação, Redação O Sul