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Atentado em Brasília: autor segurou bomba próximo à cabeça, dizem peritos

O exame necroscópico feito por peritos médicos da Polícia Federal (PF) concluiu que o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, o Tiu França, autor do atentado a bomba próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), morreu de traumatismo cranioencefálico causado pelos explosivos que ele próprio acionou. A tomografia apontou uma fratura extensa no lado direito do crânio. Os exames também atestaram que os dedos da mão direita foram amputados pela explosão.

Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) concluíram que essas regiões estavam próximas no momento da explosão, ou seja, Francisco Wanderley provavelmente segurou a bomba com a mão direta próximo à cabeça. Um exame toxicológico foi feito para verificar se ele estava sob efeito de alguma substância psicotrópica no momento do atentado.

O corpo está liberado para ir para o velório desde a última sexta-feira (15), mas permanece nas dependências do Instituto Nacional de Criminalística da PF em Brasília. A família informou que não vai ao Distrito Federal buscá-lo. O translado até Santa Catarina deve ser feito por uma empresa especializada. Pelo menos oito bombas improvisadas foram encontradas na casa alugada por Francisco em Ceilândia, no entorno de Brasília. A Polícia Federal identificou que elas foram montadas com pólvora e fragmentos metálicos, como porcas e arruelas, e que esse mesmo padrão foi usado nas explosões na Praça dos Três Poderes.

Esse tipo de bomba cria uma contenção que aumenta a pressão dentro do tubo. Ao ser detonado, o tubo se rompe, lançando estilhaços com grande força e alcance, o que pode causar ferimentos graves em quem estiver próximo.

A PF prepara um pedido de quebra de sigilo telemático para que seus peritos possam analisar os históricos de buscas e mensagens e dados armazenados na nuvem do celular de Francisco para verificar se ele planejou o ataque sozinho. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com explosivos, também estão sendo periciados.

Além disso, os investigadores estão ouvindo testemunhas. O dono da loja que vendeu os fogos de artifícios, seguranças do STF, o policial militar que recebeu o chamado da ocorrência na Praça dos Três Poderes e vizinhos prestaram depoimento.

Ex-esposa

A casa de Francisco Wanderley Luiz pegou fogo no último domingo (17), na cidade de Rio do Sul, interior de Santa Catarina. Segundo a polícia, a principal suspeita é de que o incêndio tenha sido provocado por Daiane Dias, ex-esposa de Francisco, que estava dentro da casa no momento do fogo. Ela foi resgatada e está internada.

De acordo com informações apuradas com a Polícia Militar, a ex-esposa de Francisco é suspeita de atear fogo no local. Daiane Dias ficou ferida na ocorrência e chegou a ser resgatada por um vizinho. A mulher apresentava queimaduras pelo corpo quando foi retirada da casa. Ela foi levada a um hospital das proximidades com queimaduras de terceiro grau pelo corpo. A ex-esposa do autor das explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), Daiane Dias, de 41 anos, comprou um produto inflamável em um estabelecimento comercial da cidade de Rio do Sul.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina informou, a principal hipótese até então verificada é a de “tentativa de suicídio por parte da ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz.”

Em vídeo apresentado à Polícia Civil de Santa Catarina por uma testemunha, Daiane Dias, ex-esposa do autor das explosões em frente ao STF, na última semana, aparece dizendo saber do plano do ex-companheiro, e que “deveria estar lá com ele”. Nas imagens gravadas instantes após o imóvel do suspeito pegar fogo em Rio do Sul (SC), a mulher chega a dizer que planejou o atentado junto do ex-marido.

Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul 

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