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Arquiteta afirma que alertou para risco de ausência de um responsável técnico em obra na Boate Kiss

Por ter sido namorada de um ex-advogado da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, a arquiteta Nivia da Silva Braido foi ouvida na condição de informante, nesta terça-feira (07), no julgamento dos réus do incêndio na Boate Kiss.

Ela afirmou que, em 2012, foi procurada por Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, para colocar um papel de parede em um dos ambientes da boate. Estava ocorrendo uma obra no local (transposição do palco da frente para o fundo), e a arquiteta perguntou quem era o responsável técnico pelos trabalhos. O empresário informou que ele próprio estava fazendo, com a ajuda de um profissional.

Nivia disse que alertou para o risco de ausência de um responsável técnico para a obra: “Qualquer mudança de layout, reforma, mesmo uma obra residencial, é necessário um profissional que garanta a segurança da obra, tanto durante quanto a garantia pós-execução”.

Segundo a informante, Kiko, que era sócio da boate, havia lhe dito que estava trabalhando a questão para revolver o problema de vazamento acústico, por uma exigência do Ministério Público. “O projeto acústico não substitui o projeto arquitetônico”, explicou a informante. De acordo com ela, o projeto arquitetônico é a base para outros, como o de PPCI e o de isolamento acústico. A arquiteta disse que apresentou uma proposta de projeto, mas não fechou negócio.

A informante era frequentadora da boate antes da reforma e, depois disso, retornou lá poucas vezes e disse que viu que algumas das suas sugestões foram adotadas na casa noturna. Ela declarou que não observou se havia saídas de emergência ou extintores de incêndio, pois não “frequentava [o local] com um olhar crítico”. Percebeu que, entre as mudanças, houve a abertura de uma porta.

Fonte: Foto: Juliano Verardi/TJ-RS, Redação O Sul

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