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O vereador André Carús (MDB) anunciou na manhã desta quarta-feira a renúncia ao seu mandato na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Em sua manifestação sobre o assunto, Carús afirmou que tomou a decisão por “vergonha na cara”. “A renúncia é um recomeço. Não tenho mais condições de exercer o mandato. Estou renunciando à vida pública. Vou voltar a me dedicar à advocacia”, informou em entrevista coletiva realizada no diretório municipal do partido. Ele também abriu mão da presidência do partido na Capital.
“Eu vou renunciar ao mandato para que eu também tenha a possibilidade de reconstruir a minha vida. Sendo um réu cautelar como eu sou hoje eu não posso nem trabalhar. Eu não posso nem me dedicar aos estudos para reiniciar o exercício da advocacia. Eu preciso organizar a minha vida diante dos abusos que aconteceram”, explicou.
O documento com a renúncia definitiva ao mandato foi lido e será entregue ainda hoje à presidente da Câmara de Vereadores, Mônica Leal (PP). Com a saída de Carús da vereança, quem assume a vaga em seu lugar é Lourdes Sprenger, também do MDB.
Durante o anúncio à imprensa, Carús esteve acompanhado apenas de seu advogado, Jader Marques. O ato, contudo, não teve a participação de outros líderes do MDB estadual ou municipal. Quem recebeu a renúncia ao cargo partidário foi o secretário do MDB de Porto Alegre, Alexandre Borck.
Carús foi preso no dia 1 de outubro durante operação policial Argentários por suspeita de exigir que assessores tinham que tomar empréstimos pessoais para pagar valores que supostamente eram exigidos pelo político. Em função disso, ele já havia se licenciado das funções na presidência do partido e também do cargo de vereador. Na operação foram feitas buscas no gabinete de Carús na Câmara Municipal.
O então vereador chegou a ficar detido na Cadeia Pública de Porto Alegre, até ser solto cinco dias depois. Após a realização da operação, a Polícia Civil prendeu ainda quatro pessoas que estariam envolvidas no esquema investigado: um assessor do político e dirigentes da financeira que teria participado dos crimes.
Logo após a ação policial que tumultuou o ambiente da Câmara Municipal, a presidente da Casa, Mônica Leal, relatou surpresa com o suposto envolvimento de Carús e comentou a existência de bilhetes que ameaçavam o político. Em entrevista coletiva, a Polícia Civil declarou que o objetivo da investigação é descobrir o caminho do dinheiro dos empréstimos consignados.
*Com informações da repórter Flavia Bemfica
Fonte: Correio do Povo