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Em 2021, empresas alemãs produziram e exportaram 8.525 toneladas de pesticidas proibidos na União Europeia. Proibição deve atingir o Brasil, um dos principais compradores de substâncias banidas no bloco. O ministro alemão da Agricultura, Cem Özdemir, confirmou neste domingo (11) os planos do governo da Alemanha para proibir no país a exportação de agrotóxicos nocivos à saúde que foram banidos na União Europeia (UE). A proibição deve entrar em vigor já no próximo ano e deve atingir produtos importados pelo Brasil.
A proibição de exportação de pesticidas que foram banidos na UE está prevista no acordo de coalizão do governo da Alemanha, formado por verdes, social-democratas e liberais. Özdemir também afirmou que o país vai apoiar a França para estender essa proibição em toda a União Europeia.
O ministro ressaltou ainda que essa mudança também terá um efeito secundário positivo para os agricultores alemães ao criar um pouco mais de equidade na concorrência com o fim do uso no exterior de produtos banidos no país.
Segundo o Ministério da Agricultura da Alemanha, mais de 53 mil toneladas de ingredientes ativos de pesticidas foram exportadas pelo país no ano passado. Destas, 8.525 toneladas eram de substâncias proibidas na União Europeia.
Efeito no Brasil
Muitos dos agrotóxicos proibidos na União Europeia continuam sendo produzidos por empresas sediadas nos países do bloco para a exportação, como as alemãs BASF e Bayer. As empresas defendem a venda destes produtos alegando que as substâncias são liberadas por autoridades de saúde nos países compradores.
A proibição na Alemanha deve atingir o Brasil. Um levantamento de 2019 realizado pela ONG suíça Public Eye revelou que o País era o segundo maior comprador de agrotóxicos fabricado em solo europeu, mas banidos no bloco.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul