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Alemanha passa pelos traumas das guerras mundiais e autoriza doação de armamento para Ucrânia

A Alemanha aprovou a entrega de 400 rpg (granadas impulsionadas por foguetes, em português) da Holanda para a Ucrânia, disse o Ministério da Defesa alemão, confirmando uma mudança na política depois que Berlim enfrentou críticas por se recusar a enviar armas para Kiev, ao contrário de outros aliados ocidentais.

“A aprovação foi confirmada pela chancelaria”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa neste sábado (26). Os RPGs vêm de estoques dos militares alemães.

A Alemanha tem uma política de longa data de não exportar armas para zonas de guerra, enraizada em parte em sua história sangrenta do século 20 e no pacifismo resultante dela.

Os países que pretendem aprovar as exportações de armas alemãs precisam primeiro solicitar a aprovação em Berlim.

O chanceler alemão Olaf Scholz se referiu repetidamente a essa política nas últimas semanas ao se recusar a entregar armas letais à Ucrânia.

O embaixador de Kiev na Alemanha pediu neste sábado que Berlim se junte à Holanda e forneça à Ucrânia mísseis do tipo Stinger.

Mais cedo neste sábado, o governo holandês disse em uma carta ao parlamento que fornecerá 200 foguetes de defesa aérea para a Ucrânia o mais rápido possível.

Berlim ainda tem que decidir sobre um pedido da Estônia que quer passar velhos obuses para a Ucrânia. A Finlândia comprou os obuses nos anos 90 após a queda do muro de Berlim e depois os revendeu para a Estônia.

A oferta da Alemanha no final de janeiro de fornecer 5 mil capacetes militares à Ucrânia para ajudar na defesa contra uma possível invasão russa foi descartada pelo prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, como “uma piada”.

Berlim também entregou um hospital de campanha a Kiev.

Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul 

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