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Às 9h desta terça-feira (17), começa o júri de Maicon de Mello Rosa, denunciado pelo Ministério Público em Gravataí por homicídio duplamente qualificado de um policial civil e pela tentativa de homicídio de outros três agentes, todos no exercício da função durante uma operação realizada no dia 23 de junho de 2017 em um apartamento no bairro Passo das Pedras. O réu responde também pelos crimes de tráfico de drogas, posse e porte ilegal de armas, receptação e organização criminosa.
Além dele, serão julgadas outras quatro pessoas envolvidas no caso: Cristiane da Silva Borges, Marcos Leandro Marques, Alecsandro da Silva Borges e Guilherme Santos da Silva. Eles respondem pelos crimes de tráfico de drogas, posse e porte ilegal de armas, receptação e organização criminosa. Nos debates, MP e defesa terão 2 horas e 30 minutos cada para se manifestarem. Réplica e tréplica, se houver, serão de 2 horas cada. A expectativa é de que o julgamento se estenda por dois dias.
Como aconteceu
Conforme a denúncia protocolada em 1° de agosto de 2017, na data do crime, as vítimas e outros policiais civis e agentes da guarda municipal cumpriam mandado de busca e apreensão em um condomínio em Gravataí, na Região Metropolitana. Ao ingressarem no apartamento em que se encontravam os réus, os policiais viram o denunciado Maicon com uma arma em punho entrando em um dos quartos. Em seguida, foram surpreendidos por diversos disparos de arma de fogo efetuados pelo réu, tendo um dos tiros atingido e matado o policial Rodrigo Wilsen da Silveira na frente da sua esposa, também policial civil. Ela não sabia que estava grávida e acabou perdendo o bebê semanas depois.
Na casa também estavam Cristiane, Alecsandro, Guilherme, Marcos e Dirce Terezinha da Silva Borges. Os seis foram presos em flagrante e cinco deles seguem recolhidos. Dirce faleceu em 2019. Os policiais apreenderam no condomínio armas, drogas e veículos, entre eles um roubado. A operação tinha objetivo de desarticular a organização criminosa que atuava em Gravataí.
Como a organização se dividia
Maicon de Mello Rosa, conhecido como Monstro, era quem fazia a segurança armada do grupo. Tem antecedentes criminais por homicídio e estava em liberdade condicional no dia da operação.
Cristiane da Silva Borges atuava como chefe e líder da organização, dando ordens aos seus subordinados em relação a aquisição, distribuição e venda de drogas nos pontos sob seu domínio, especialmente naquele condomínio.
Marcos Leandro Marques tinha participação ativa na organização criminosa, na medida em que dividia a posição de liderança com Cristiane, sendo seu braço direito.
Alecsandro da Silva Borges era responsável pela distribuição de drogas comercializadas pelo grupo nos endereços sob seu domínio.
Guilherme Santos da Silva atuava ativamente na organização, auxiliando os demais no comércio ilícito de drogas.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul