Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O Comitê Temporário de Enfrentamento ao Coronavírus (CTEC) de Porto Alegre esteve reunido nesta quarta-feira para debater as propostas levantadas por entidades empresariais após encontro realizado na véspera com o prefeito Nelson Marchezan Júnior. O colegiado optou pela cautela e decidiu aguardar fecharem os dados epidemiológicos desta semana para voltar a falar sobre novas flexibilizações do comércio e serviços a partir do início de setembro. O grupo ainda definiu que vai se reunir com responsáveis por feiras fixas ao ar livre, velórios e área da educação para tratar de protocolos de reabertura. Também será agendada uma nova reunião com líderes religiosos.
Na terça, o prefeito recebeu dos representantes o pedido para funcionamento do comércio e dos serviços em geral, tanto na rua quanto em shoppings centers, aos sábados. Além disso, o setor da alimentação busca uma flexibilização para que os estabelecimentos possam funcionar também no turno da noite e aos finais de semana. Entidades que representam estes segmentos expressaram frustração com a deliberação do Comitê.
A CDL Porto Alegre, por meio de uma nota, expressou divergência da decisão. A entidade “entende que a abertura do comércio aos sábados é vital para a manutenção dos negócios e auxilia no controle de fluxo de pessoas, pulverizando o volume de circulação. A CDL também afirma que compreende a posição da Prefeitura e que “aguarda o retorno sobre a análise do pedido, em um movimento de flexibilização que segue avançando na cidade”.
Também em nota, o Sindilojas Porto Alegre afirma que a retomada mais recente do comércio, em 7 de agosto, mostra que o avanço do vírus estabilizou na Capital e que tanto lojistas quanto consumidores estão mais conscientes e responsáveis quanto aos protocolos necessários para a prevenção. “Com esse cenário, a Entidade entende que é possível ampliar a permissão de funcionamento também para os sábados, dia de maior faturamento para o setor. Se não houver maior flexibilização, muitas empresas não conseguirão se manter, precisando fechar por definitivo”, defendem.
O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) manifestou seu descontentamento com a decisão. “Gostaríamos que a abertura acontecesse de imediato. Não estamos confortáveis com essa decisão do Executivo Municipal. É completamente difícil de aceitar mais esses dias sem avanço algum. Estamos falando de um setor à beira do abismo. Os estabelecimentos da gastronomia não têm mais fôlego”, criticou o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, que pediu, “ao menos uma previsibilidade”.
Segundo o secretário de Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer, não se sabe ainda qual será a situação da Capital ao final da semana, apesar do cenário estável. “Nosso cenário, como regra geral, é de estabilidade. Temos mantido nosso percentual nas Unidades de Terapia Intensiva elevado, mas estável. Na primeira quinzena, um aumento de novos casos, o que nos deixou mais apreensivos. Mas estamos acompanhando também a busca pelos atendimentos nas tendas, que se mantém no mesmo patamar do final de julho.”
Stürmer acredita que os dados do final desta semana estejam fechados até meados da próxima semana. O comitê é composto pelo prefeito, o próprio Secretário de Saúde e também das pastas de Desenvolvimento Econômico, Mobilidade, Relações Institucionais, Procuradoria-Geral do Município e Câmara de Vereadores.
Fonte: Foto: Mauro Schaefer, Gabriel Guedes, Correio do Povo