Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, tomou posse no final da manhã desta sexta-feira em Brasília. O médico oncologista substituiu Luiz Henrique Mandetta, que teve a sua demissão confirmada nessa quinta.
Em sua manifestação, Teich deixou claro que vive a partir de hoje o maior desafio da sua vida. “Agradeço a oportunidade de compor o governo federal num momento difícil para o Brasil e para o mundo. O foco que teremos é nas pessoas. Por mais que você fale em Saúde e Economia, o final é sempre gente”, destacou.
Além da promessa de se concentrar nas pessoas, Teich sublinhou a necessidade de ter a informação correta, principalmente no que diz respeito à pandemia do novo coronavírus. “Outra coisa que tenho colocado é a importância da informação. A pobreza de informações sobre a evolução da doença leva à ansiedade e ao medo, que neste momento são enormes no país. Eu vim do Rio de Janeiro e passei pelo aeroporto Santos Dumont, que estava deserto. As pessoas que estavam nas ruas, estavam de máscara. Esta parte também vai nos nortear. Queremos trabalhar isso, ampliar e detalhar tudo. Quando você sabe o que está acontecendo, a solução quase que vem naturalmente”, disse.
Teich também afirmou que a pasta deve se atentar a outras doenças comuns no Brasil, além da Covid-19. “Toda a saúde tem que estar atenta (a outras doenças), como dengue e influenza. Isso vai entrar e complicar o sistema. Temos que tomar cuidado. Temos que ver os indicadores sociais. Se tivermos mais desemprego, com menos gente com plano de saúde, vai impactar o Sistema Único de Saúde (SUS)”, alertou.
Teich agradeceu ao presidente da República pela confiança, à família, por apoiá-lo neste momento, e também à gestão de Mandetta pelo trabalho feito até então no ministério. Dentre os participantes da posse, estavam Jair Bolsonaro, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Mandetta, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Casa Civil, Braga Netto.
Antes da fala de Teich, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta destacou alguns pontos da sua gestão e desejou ao seu substituto toda a sabedoria para conduzir o Brasil no combate à pandemia. Em uma mensagem diretamente para Nelson Teich, Mandetta comentou que a pasta tem um desafio de construir um SUS mais igualitário.
“Fomos chamados para dar a nossa colaboração em um momento de ajuste fiscal, não existe saúde sem economia. Encontramos um país perdendo o certificado de área livre de sarampo e não tínhamos atenção à área primária. Elaboramos um sistema com o programa Médicos Pelo Brasil que irá misturar métrica e trabalho. Pela primeira vez o país vai medir o que faz na Saúde”, colocou.
Mandetta também afirmou que “o século XXI vai ser dividido em antes e depois do coronavírus”. Segundo o ex-ministro, “a economia será o grande desafio” após o fim da doença.
Teich é carioca e formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Ele chegou a ser cotado para a pasta da Saúde antes da posse de Bolsonaro na Presidência.
O oncologista foi consultor de saúde durante a campanha eleitoral de Bolsonaro e assessorou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, de setembro de 2019 a janeiro de 2020.
Teich fundou o Grupo Clínicas Oncológicas Integradas em 1990. Em 2005, o grupo foi adquirido pela UHG/Amil. Também fundou e é presidente do Instituto COI de Educação e Pesquisa, uma organização sem fins lucrativos criada em 2009 para fazer pesquisas clínicas e trabalhar com programas de formação nas diversas áreas de tratamento do câncer, como hematologia, oncologia, radioterapia, física da radiação, enfermagem e farmácia.
Teich coordena a parceria com o programa de consultoria MD Anderson, criada com o objetivo ser um centro integral de câncer no Rio de Janeiro.
O médico tem mestrado em economia da saúde pela Universidade de York, MBA em saúde pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD) e em gestão e empreendedorismo pela Harvard Business School.
De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.
Fonte: Foto: Evaristo Sa / AFP / CP, Correio do Povo e R7