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Depois de 36 anos, o Racing é novamente campeão continental. Após décadas de sofrimento, onde chegou até a decretar falência em 1999, o time argentino venceu nesse sábado (23) o Cruzeiro por 3 a 1 e conquistou o título da Copa Sul-Americana no Estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai.
Em uma tarde de muito calor em Assunção, no Paraguai, o Cruzeiro fez um primeiro tempo que pode ser considerado como um grande pesadelo. O time mineiro viu o Racing imprimir um volume de jogo alto e uma intensidade acima do esperado para tentar abrir vantagem com rapidez. E a tática do time argentino foi mais do que certeira, principalmente explorando a linha alta defensiva do Cruzeiro com bolas longas.
Justamente por este caminho que veio o primeiro susto, quando Martirena marcou aos três minutos, mas viu seu gol ser anulado por impedimento no VAR. O lance foi apenas um ensaio, já que aos 15, Martirena foi novamente às redes, dessa vez em um golpe de sorte de um cruzamento que encobriu Cássio. Praticamente no minuto seguinte, Adrian Martínez foi quem marcou para o Racing em jogada semelhante a do gol anulado. O Cruzeiro não encontrou respostas para as investidas do time argentino e só conseguiu ter uma boa chance de perigo no final do primeiro tempo.
Para a etapa final, o Cruzeiro voltou com uma postura diferente e mais ofensivo. Com mais posse e mais movimentação, o time mineiro precisava escalar uma montanha para ter a chance de sair de Assunção com o título. O primeiro passo veio com o gol de Kaio Jorge aos 8 minutos. O Cruzeiro voltou para o jogo e passou a dominar as ações, enquanto o Racing apostou na velocidade para aplicar contra-golpes perigosos para tentar matar o jogo.
O Cruzeiro se lançou ao ataque em busca do empate que levaria o jogo para a prorrogação e deixou espaços que foram aproveitados pelo Racing. Depois de duas boas chances desperdiçadas, o time argentino, no último minuto, marcou o terceiro com Roger Martínez e sacramentou a conquista de um título inédito para a equipe.
36 anos
O último título continental conquistado pelo Racing foi o da Supercopa, em 1988, e justamente diante do Cruzeiro. Gustavo Costas, que neste sábado levou os argentinos ao título no Paraguai, estava também naquele time que superou a Raposa em 1988, mas como jogador.
Campeã sul-americana pela primeira vez, a Academia se junta aos compatriotas Boca Juniors e Independiente, bicampeões, além de San Lorenzo, Arsenal de Sarandí, Lanús, River Plate e Defensa y Justicia, que já levantaram o troféu uma vez cada.
Ficha técnica
Racing: Arias; Di Césare, Sosa, Basso, Martirena; Nardoni, Almendra (Zuculini), Rojas, Quintero (Solari); Salas e Adrián Martínez (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas
Cruzeiro: Cássio; William, João Marcelo, Villalba, Marlon (Kaique Kenji); Walace (Lucas Silva), Lucas Romero (Lautaro Díaz), Matheus Henrique, Matheus Pereira; Gabriel Veron (Barreal) e Kaio Jorge. Técnico: Fernando Diniz
Arbitragem: Esteban Ostojich, com assistência de Nicolas Tarán e Carlos Barreiro. VAR: Leodan González.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul