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A Justiça Eleitoral paulista afirmou, na tarde deste domingo (27), que desconhece uma suposta orientação de voto da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).
“Não chegou ao conhecimento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo nenhum relatório de inteligência nem nenhuma informação oficial”, afirmou o TRE-SP.
Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral na 1ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Ao lado do prefeito Ricardo Nunes (PMDB), candidato à reeleição, o governador paulista afirmou, sem apresentar provas, que integrantes da facção orientaram parentes e apoiadores a votarem em Boulos.
A declaração de Tarcísio foi dada em entrevista coletiva no colégio Miguel Cervantes, na Zona Sul de São Paulo, onde o governador votou.
Na ação de Boulos, o advogado Francisco Octavio de Almeida Prado Filho afirma que “a utilização do cargo de governador do Estado com a finalidade de interferir no resultado da eleição, no dia da votação, é evidente.”
“A finalidade eleitoral fica clara pela escolha do momento para divulgação da coletiva, durante o horário da votação, com a presença dos candidatos abertamente apoiados pelo atual governador, todos com adesivo de propaganda dos candidatos representados em suas camisas”, diz Prado Filho.
Para a defesa de Boulos, a atitude do governador foi “coordenada” com a campanha de Ricardo Nunes, “de forma abusiva e criminosa, durante o horário de votação”.
Fonte: Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados, Redação O Sul