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Após dois dias de disputas das Paralimpíadas, o Brasil aparece em terceiro no quadro de medalhas, dentro do objetivo audacioso de terminar no top 5 da tabela. Nessa sexta-feira (30), o atletismo conquistou três ouros e o Brasil, que ainda subiu no alto do pódio no taekwondo, somou cinco ouros, uma prata e sete bronzes no quadro geral.
As medalhas de ouro vieram com Julio Cesar, nos 5000 mil da classe T11, Petrucio Ferreira nos 100m rasos da classe T47 e Ricardo Mendonça nos 100m rasos da classe T37. Petrucio e Ricardo eram favoritos ao ouro, enquanto Julio dividia o favoritismo com outro brasileiro, Yetsin Jacques, que terminou com o bronze. No taekwondo, Ana Carolina foi ouro no peso 65kg.
O recorde histórico de medalhas do Brasil nas Paralimpíadas é de 22 ouros, conquistados em 2021, e com o total de 72 pódios, feitos alcançados em Tóquio 2021 e na Rio 2016. A melhor colocação do Brasil foi a sétima posição, tanto em Londres 2012 como em Tóquio 2021.
A projeção que o blog fez antes das Paralimpíadas começarem era de 27 ouros para o país, e a delegação vem cumprindo a risca com os resultados. Segundo a projeção, o Brasil teria cinco ouros neste momentos, exatamente o resultado alcançado. A projeção do total de medalhas feita no início era de 85 pódios, e nesse quesito o país está quatro abaixo. Nada que atrapalhe a projeção do recorde, já que a “gordura” é grande: o blog estimou que o país iria conquistar 85 medalhas, e o recorde é de 72.
Era previsto que a China disparasse no quadro de medalhas, e é o que está acontecendo, seguida pela Grã Bretanha, que é a segunda maior potência da atualidade. Brasil e Holanda, neste momento, estão em terceiro e quarto na tabela, seguidos de Itália e Austrália. Os Estados Unidos, com apenas um ouro, estão abaixo do esperado, mas a tendência é que subam na tabela nos próximos dias.
A natação brasileira fez o que dela se esperava nesta sexta-feira, duas medalhas de bronze. Talisson Glock nos 200m medley e o revezamento 4x50m livre, que contou com o próprio Talisson, além de Lidia Cruz, Patrícia Sampaio e Daniel Mendes.
O taekwondo chegou a três semifinais nesta sexta-feira, mas sofreu com a lesão de Nathan Tarquato, atual campeão, que acabou perdendo a semi e não conseguiu voltar para a disputa do bronze. Silvana Fernandes conquistou o bronze, e Ana Carolina Silva brilhou ao levar a medalha de ouro. A modalidade encerra amanhã com mais chance de pódio.
O tênis de mesa confirmou um bronze, com Joyce e Catia Oliveira na classe WD4. A dupla perdeu para a Coreia do Sul na semifinal. E outras duas medalhas foram garantidas, mas ainda sem cor definida. Claudio Massad e Luiz Manara venceram os franceses e estão na semifinal da classe MD18 e Bruna Alexandre e Dani Rauen derrotaram a dupla da Ucrânia na classe WD20 e também garantiram o pódio.
Ao fim do dia, uma surpresa: Roza Kozakowska, que havia sido campeã no lançamento de club F32, acabou desclassificada. A comissão técnica do Brasil protestou pelo “uso do equipamento de forma irregular” da polonesa e teve a queixa acatada. Roza foi excluída da disputa, e Giovanna Boscolo acabou subindo ao pódio da categoria, herdando o bronze com marca de 26.01m. Este foi o sétimo bronze do Brasil em Paris.
Confira todas as medalhas do Brasil nesta sexta: Petrúcio Ferreira (atletismo) – ouro – 100m na classe T47; Ricardo Gomes de Mendonça (atletismo) – ouro – 100m na classe T37; Julio Cesar (atletismo) – ouro – 5000m na classe T11; Ana Carolina Moura (taekwondo) – ouro – categoria até 65kg; Yeltsin Jacques (atletismo) – bronze – 5000m na classe T11; Silvana Fernandes (taekwondo) – bronze – categoria até 57kg; Talisson Glock (natação) – bronze – 200m medley; Revezamento 4x50m livre misto (natação) – bronze; Joyce Oliveira e Cátia Oliveira (tênis de mesa) – bronze – duplas femininas WD5; Giovanna Boscolo (atletismo) – bronze – lançamento de club F32.
Fonte: Foto: Douglas Magno/CPB, Redação O Sul