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A Argentina vem enfrentando neste ano aumentos diários nos preços de alimentos e produtos, estas elevações nunca tinham sido vistas desde a hiperinflação dos anos 90. Vários países estão passando por processos inflacionários, mas o país vizinho está sendo um caso extremo, onde a inflação deste ano supera a taxa de 100%.
Com o crescente nos valores de diversos produtos, sobretudo nos alimentos, alguns argentinos estão recorrendo a reciclagem, vasculhando lixões e trocando pertences em clubes de troca para sobreviverem. De acordo com analistas, a inflação subiu 6,7% somente em setembro, isso fez com que o Banco Central da Argentina elevasse a taxa de juros para 75% com possibilidade de mais aumentos, dados oficiais devem ser divulgados nesta sexta-feira (14).
Atualmente os preços estão elevando em um ritmo mais rápido desde a década de 1990, causados pelos problemas existentes na impressão de dinheiro e ciclos viciosos de aumentos de preços pelas empresas, agravados por crescimentos nos custos de fertilizantes e importação de gás de forma global.
A Argentina era há um século atrás, um dos países mais ricos do mundo, mas as crises econômicas enfrentadas nos últimos anos fizeram com que o país lutasse para manter a inflação controlada. No primeiro semestre deste ano as taxas de pobreza foram superiores a 36%, a pobreza extrema aumentou para 8,8%, que corresponde a cerca de 2,6 milhões de pessoas.
O que ajudou a evitar que a inflação subisse ainda mais, foram os programas governamentais de bem-estar, porém ainda existe alguns pedidos de mais gastos sociais, apesar dos fundos dos estados limitados.
A Argentina é um país da América do Sul, vizinho do Brasil, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, segundo dados provisórios do Censo divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas no dia 19 de maio de 2022, a população do país é de 47.327.407 habitantes.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul