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Ganhador de R$ 47 milhões na Mega-Sena é sequestrado e morto

Um homem que ganhou R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 morreu nesta quarta-feira (14), em Hortolândia, no interior de São Paulo, um dia após ser vítima de sequestro e espancamento, segundo a Polícia Civil. Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi encontrado gravemente ferido e inconsciente em um trevo de acesso à Rodovia dos Bandeirantes. Ele foi socorrido por uma ambulância da concessionária da rodovia e encaminhado para o hospital, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. Os médicos constataram que a vítima sofreu traumatismo cranioencefálico.

Conforme a Polícia Civil, a investigação apontou que foram feitas várias tentativas de saque em suas contas durante o período em que a vítima estava desaparecida. Uma delas, no valor de R$ 3 milhões, não chegou a ser concluída, mas houve uma transferência via Pix no valor de R$ 18 mil. Com o cartão de débito da vítima, levado pelos suspeitos do crime, foram feitos saques no valor de R$ 2 mil.

Equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba estão apoiando os policiais de Hortolândia na investigação do crime. Segundo informações de familiares, Dias havia saído na manhã de terça (13), para fazer uma caminhada e desapareceu. Ele teria levado apenas a carteira e documentos. No final do dia, familiares registraram o desaparecimento utilizando o sistema eletrônico da Polícia Civil.

A Polícia Civil investiga o caso e já obteve imagens de câmeras de segurança que mostram Jonas Lucas Dias sendo deixado na estrada. A polícia não deu detalhes para não prejudicar as investigações – as imagens podem levar à identificação do veículo usado no crime.

Em 2020, Dias levou o prêmio acumulado da loteria da Caixa após fazer uma aposta simples de seis números.

“Viúva da Mega-Sena”

Em janeiro de 2007, um outro caso de assassinato envolveu um ganhador da loteria. Ex-lavrador e ex-vendedor de doces à beira da estrada, Renné Senna foi morto a tiros em Rio Bonito, na região metropolitana do Rio.

Ele havia ficado milionário em 2005, quando ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena. Diabético, Senna tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença. Em 2006, começou a namorar Adriana de Almeida, 25 anos mais jovem do que ele.

Seis pessoas foram acusadas de cometer o crime, entre elas a viúva. Adriana foi inocentada em 2011, mas a sentença foi anulada em 2014 pelo Tribunal de Justiça do Rio, por causa de uma irregularidade cometida durante o julgamento – dois jurados se comunicaram.

Em dezembro de 2016, Adriana foi julgada novamente e então condenada a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Ela foi acusada pelo Ministério Público de ser a mandante do assassinato. Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, ex-seguranças de Renné Senna, haviam sido condenados em julho de 2009 como executores do crime.

Fonte: Foto: Agência Brasil, Redação O Sul 

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