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Após a insegurança vivenciada pelo setor agrícola, no primeiro semestre, quanto ao abastecimento de fertilizantes para a safra 2022/2023, o poder de compra de fertilizantes sinalizou forte melhora em agosto. A informação baseia-se na medição mensal de mercado divulgada pela Mosaic Fertilizantes, uma das líderes do setor no Brasil. O aumento foi estimado em 19% com relação a julho e tem como base o recuo do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), cujo valor fechou em 1,50 em agosto, ante 1,85 de julho. O resultado é calculado em concordância com o mercado agrícola das principais commodities, como soja e milho.
De acordo com o consultor de gerenciamento de riscos de fertilizantes da empresa de serviços financeiros StoneX Rafael Yamamoto essa queda ocorre por conta de dois fatores. Um deles é a diminuição da demanda interna pelos fosfatos, que são relativamente dispensáveis, uma vez que seus resíduos no solo podem ser aproveitados. O outro está na normalização das importações de fertilizantes da Rússia, equilibrando à demanda à oferta dos produtos no país. Segundo Yamamoto, ainda pode haver novas quedas nos preços dos fosfatados e do cloreto de potássio. “Tem espaço para recuar porque não tem nenhum fator que faça subir o preço. Temos muito estoque e o produtor agrícola não está comprando”, explica o consultor, lembrando que a maior parte da importação de fertilizantes ocorreu entre maio e julho.
preços para garantir adubo à safra. Conforme o economista-chefe da Farsul, Antônio Da Luz, mediante o recente recuo nos preços, observa-se um aumento na procura. “Quem deixou para o fim correu maior risco mas comprou mais barato”, comenta o economista. Segundo ele, uma vez que a maior parte dos fertilizantes para a safra de verão já está comprada, o declínio nos valores, agora, não deve influenciar na diminuição dos custos totais de produção do ciclo 2022/2023. Para isso, de acordo com ele, seria também necessário haver, de forma mais acentuada, queda nos preços dos combustíveis.
O vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Roberto Ricardo Ghigino, confirma a antecipação na compra dos insumos: “A maioria não pode esperar em função da entrega, muitos compraram com os preços em alta”, diz.
Fonte: Foto: Wenderson Araújo / Trilux / CP, Camila Pessôa, Correio do Povo