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Endividamento cresce entre as mulheres. Renegociar pode ser a solução

Um levantamento da Paschoalotto, empresa especializada em cobrança, apontou que 68% dos endividados brasileiros têm entre 25 e 51 anos, e 70% desse contingente é composto por mulheres.

Os números da pesquisa consideram os mais de 5,5 milhões de devedores que passam pelo sistema da Paschoalotto mensalmente. O levantamento mostra ainda que o endividamento atinge, em grande parte, as famílias com uma renda mensal de até dez salários-mínimos, que respondem por 76% do total.

Segundo o especialista em finanças Alexandre Prado, o aumento no número de mulheres assumindo posições de chefia das famílias e a publicidade direcionada a elas são fatores determinantes para o aumento da presença feminina nos índices de inadimplência do país.

Saindo da “ciranda financeira”

A operadora de caixa, Isis Pereira Silva, não conseguiu pagar o cartão de crédito e, hoje, vê a dívida virar uma bola de neve.

“Eu estava em um trabalho há três meses e encerraram o contrato antes do previsto, por conta da venda da empresa. Por isso acabei me endividando no cartão de crédito. Hoje, na empresa que eu trabalho, meu salário é muito menor e não consigo pagar o cartão. A dívida virou uma bola de neve, e não sei o que fazer”, explica.

Para Haroldo Monteiro, professor de Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), para não entrar nessa “ciranda” e não se endividar, o primeiro passo é trazer a educação financeira para dentro da própria casa.

Orçamento e crédito

“Todos devem estar com o objetivo de seguir um orçamento, porque a questão do endividamento passa muito pelo entendimento familiar. Sentar, conversar e viver com seus próprios meios. Você pode se endividar, mas tem que ter certeza que poderá honrar seus compromissos. O ideal, no melhor dos mundos, é que você separe algo em torno de 20% da sua renda para ter uma reserva de urgência, caso aconteça algum imprevisto, como uma doença, por exemplo”, disse.

Monteiro alertou ainda para os riscos do uso do crédito. Ela frisou que, para o consumidor que já enfrenta os débitos e quer sair do vermelho, o melhor caminho é renegociar essas dívidas.

“Muito cuidado com o cartão de crédito. Não adianta pensar em usar o crédito para financiamento no rotativo, porque a taxa de juros é muito alta. Então, temos que efetivamente tentar não usar. Caso já esteja endividado, quando achar que não consegue mais pagar, o melhor é renegociar urgentemente a dívida com o banco, pegar um empréstimo em uma linha mais barata, quitar as dívidas e se organizar novamente”, explicou o especialista

Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul

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