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Presos dois servidores da Receita Federal por tráfico de cocaína e corrupção no Rio

Uma força-tarefa da Receita Federal, da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal prendeu nesta quarta-feira (17) dois servidores na Operação Ártemis, contra um esquema com o tráfico de drogas no Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Os presos são os analistas tributários da Receita José Guina, que estava em Campo Grande, e Jorge de Jesus, pego no Recreio.

Agentes também cumpriram 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 30 milhões.

As ações ocorreram nos municípios do Rio de Janeiro e Itaguaí, no RJ; Santos e São Vicente, em SP; Belo Horizonte, em MG; Vitória, no ES, e Maceió, em AL.

Em razão da convergência dos investigados, a Operação Ártemis se desenvolveu, simultaneamente, com a Operação Efeito Cascata, deflagrada pela PF em São Paulo.

Em São Vicente, a força-tarefa apreendeu relógios e dinheiro em espécie.

Cocaína em mangas

Segundo a PF, em 2020 a Receita, a partir de ações corretivas no Porto de Itaguaí, comunicou condutas suspeitas de servidores e agentes externos. Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se a participação de várias outras pessoas em conluio no contrabando, facilitação de contrabando, tráfico de drogas e lavagem de capitais no terminal de cargas.

Dentro dessa investigação, policiais civis e federais encontraram, em setembro do ano passado, uma carga de cocaína escondida em mangas. As frutas estavam em um galpão em Itaguaí e seriam levadas para a Europa.

Na apreensão, três pessoas haviam sido presas.

Em abril deste ano, porém, a Justiça anulou toda a ação, alegando que os policiais não tinham mandado para entrar no galpão. Os três presos acabaram soltos.

Os agentes conseguiram prender três suspeitos de fazer parte da quadrilha quando eles tentavam escapar do cerco policial. Com eles, a polícia informou que foi apreendida uma pistola.

O esquema funcionava com o transporte da droga, que saía de outros estados brasileiros em fardos de açúcar e, depois, eram “recheadas” em mangas, dentro de um recipiente de plástico. E só então eram exportadas para a Europa.

A investigação também indicou que a quadrilha utilizava contêineres refrigerados para dificultar a fiscalização das autoridades. Isso ocorreria porque seria mais complexo tirar a carga de dentro dos contêineres.

Até o início da noite, a droga ainda estava sendo contabilizada. E por ser cloridrato de cocaína, a polícia estima que valor de venda na Europa chegaria a 30 mil euros cada quilo.

Fonte: Foto: PF/Divulgação, Redação O Sul

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