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A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta sexta-feira (12), a transmissão comunitária da varíola causada pela varíola dos macacos (vírus monkeypox) em Porto Alegre. A comprovação ocorreu após resultado positivo de exame PCR realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) em cinco pacientes sem histórico de viagem.
A transmissão é considerada comunitária quando não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas, independentemente de terem ou não viajado para locais com comprovação de transmissão.
Porto Alegre tem atualmente dez casos confirmados da doença – cinco com histórico de viagens e cinco sem –, 20 casos em investigação e outros 21 casos descartados. Somente um caso necessitou de hospitalização na Capital, e já se recuperou. O Estado do Rio Grande do Sul possui 31 casos confirmados. No Brasil, são 2.584 casos confirmados e um óbito no Estado de Minas Gerais de um paciente oncológico.
A prefeitura divulgou o Plano de Contingência Municipal da Varíola pelo vírus monkeypox. O documento descreve ações de atenção e vigilância em saúde, em todos os níveis de complexidade, para prevenção e enfrentamento da doença.
A diretoria de Vigilância em Saúde enfatiza a profissionais que, no atendimento a casos suspeitos, realizem a notificação de casos que pertençam a grupos de risco – crianças menores de 8 anos, gestantes e pessoas imunossuprimidas – à vigilância epidemiológica, pelos telefones 3289-2471 ou 3289-2472, de segunda a sexta, das 9h às 17h, ou durante as 24 horas do dia pelo celular de plantão.
Os pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox devem ser orientados quanto ao isolamento domiciliar e a não compartilhar objetos com outras pessoas, ainda que residam em um mesmo domicílio. O período de incubação é de seis a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. Além dos cuidados com o contato, também é indicada a precaução contra gotículas respiratórias, por meio do uso de máscaras adequadas.
Sobre a doença
A varíola dos macacos é uma doença transmitida entre humanos, por meio de vírus. Ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreção respiratória, lesão de pele de pessoa infectada ou de objeto recentemente contaminado.
Os sintomas incluem erupções que geralmente se desenvolvem no rosto e depois se espalham por outras partes do corpo, gerando uma crosta. Quando esta desaparece, o indivíduo já não é mais vetor de transmissão – o período de incubação é de seis a 16 dias (prazo que pode chegar a 21 dias).
O diagnóstico é laboratorial, com teste molecular ou sequenciamento genético. O procedimento deve ser realizado em todos os pacientes com quadro compatível com a doença. As amostras são direcionadas a laboratórios de referência – no Rio Grande do Sul, recorre-se ao Instituto Adolf Lutz (São Paulo).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola dos macacos pode ser classificada como autolimitante, ou seja: o paciente pode se curar após o período agudo da infecção. Já a gravidade varia conforme o indivíduo, sendo que na maioria dos casos não há risco de morte.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul