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Sem comida em casa e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenso, uma mãe luta para conseguir um leite especial para o filho, que tem paralisia cerebral e só se alimenta por sonda, em Goiânia.
Nilva Costa da Silva conta que o Carlos Daniel, de 18 anos, recebia o benefício desde 2005, mas deixou de receber em abril deste ano, por um erro no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), feito no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da capital.
Ao invés de estar com o endereço de Goiânia, o cadastro consta um endereço de Senador Canedo, de um imóvel antigo em que a família morava de favor.“Fui no INSS várias vezes, porém dizem que nenhuma informação do Crás chegou lá. E o Crás fala que não tem culpa do INSS não ter recebido as informações”, conta a mãe sobre o impasse que vive.
Em nota à TV Anhanguera, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Senador Canedo (Semasc), informou que o cadastro do jovem no Cras foi realizado em 2 de maio deste ano na cidade.
Já a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social de Goiânia (Sedhs), disse que uma profissional de assistência social entrou em contato com Nilva nesta quinta-feira (28) para orientá-la sobre a mudança de cadastro.
O INSS informou que a suspensão do benefício ocorreu em razão de não ter sido efetuada atualização das informações do cadastro e do grupo familiar no CADÚnico, e que, após ter entrado com recurso no dia 14 deste mês, Nilva deve acompanhar os resultados pelo sistema do INSS.
Com a falta do auxílio de um salário mínimo e sem salário por não poder trabalhar, Nilva não sabe como colocar contas de água, luz, aluguel e despesas em dia. Por conta da paralisia, Carlos precisa de fraldas, remédios, produtos de higiene pessoal e um leite especial, que custa, em média, R$ 80 a lata.
“Eu gostaria muito que alguém pudesse resolver a situação para mim, me ajudar, porque não posso morar na rua com Daniel desse jeito”, finalizou a mãe.
Em nota à TV Anhanguera, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), informou que, assim que a Danone deixou de fabricar a dieta enteral (por sonda), foi aberto um processo de licitação para contratar outro fornecedor, e a secretaria chegou a tentar fazer uma compra emergencial, que fracassou. Um outro processo de compra foi aberto e está em andamento.
Sobre as medicações que Daniel precisa receber, a Saúde da capital informou que todos estão disponíveis, com excesão do ‘risium’, que não é disponibilizado porque não está padronizado pela Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, mas existem outros ansiolíticos disponíveis.
Fonte:G1