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Centenas de pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas por causa de incêndios florestais que atingiram a França, Espanha e Portugal nesta sexta-feira (15), informou a agência de notícias Reuters.
O continente também enfrenta uma onda de calor, com temperaturas recordes no Reino Unido (leia detalhes mais abaixo).
Na França, mais de mil bombeiros, apoiados por aviões de bombardeiros de água, lutam desde terça (12) para controlar dois incêndios no sudoeste do país, causados pelo calor, condições de fogo e ventos fortes.
Na região de Gironde, no sudoeste do país, 11,3 mil pessoas foram retiradas de casa. Cerca de 7.350 hectares de terra foram queimados; as autoridades disseram que os incêndios ainda não foram estabilizados.
Em Portugal, embora as temperaturas tenham caído, ainda devem chegar a 40ºC em alguns lugares, com cinco distritos em alerta vermelho para condições climáticas extremas e mais de mil bombeiros combatendo 13 incêndios florestais, informaram as autoridades.
Na Espanha, o Ministério do Meio Ambiente disse que está ajudando a combater 17 incêndios florestais em todo o país. O trabalho agrícola envolvendo máquinas foi restringido.
Na Catalunha, no nordeste espanhol, as autoridades suspenderam as atividades de acampamento e esportes em torno de 275 cidades e vilarejos para evitar riscos de incêndio. As áreas da Galícia e da Extremadura permanecem m alerta extremo para temperaturas que devem chegar a 44ºC.
Na Croácia, aviões de combate a incêndios despejaram água sobre florestas em chamas na quinta-feira (14), e tropas foram chamadas para ajudar bombeiros que lutam para conter três grandes incêndios florestais.
Ameaças à saúde
Com as temperaturas altas, autoridades de vários países europeus emitiram alertas de saúde por causa da onda de calor nos próximos dias. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o calor deve reter a poluição no ar – diminuindo a qualidade dele, especialmente nas cidades.
“A atmosfera estável e estagnada atua como uma tampa para prender poluentes atmosféricos, incluindo material particulado”, disse Lorenzo Labrador, oficial científico da OMM, em uma coletiva de imprensa em Genebra.
“Isso resulta em uma degradação da qualidade do ar e efeitos adversos à saúde, principalmente para pessoas vulneráveis”, completou Labrador.
Na semana de 7 a 13 de julho, Portugal registou 238 mortes em excesso devido à onda de calor. A temperatura mais alta na quinta-feira foi registrada na cidade de Pinhão, no norte do país, com 47ºC, logo abaixo do recorde – de 47,4ºC, visto em Amareleja em agosto de 2003.
A ministra da Saúde do país, Marta Temido, disse na quinta (14) que o sistema de saúde enfrenta uma semana “particularmente preocupante” devido à onda de calor, e que alguns hospitais estão sobrecarregados.
Reino Unido em alerta
Mas o pior cenário previsto é o da Grã-Bretanha, segundo a Reuters. Pela primeira vez, a previsão do tempo do país emitiu um alerta vermelho de “calor extremo” para partes da Inglaterra.
Na segunda (18) e terça-feira (19), as temperaturas devem atingir níveis recordes, desencadeando um nível de alerta de “emergência nacional”.
A temperatura mais alta já registrada no país foi de 38,7°C, no jardim botânico da Universidade de Cambridge, em 25 de julho de 2019. Mas, agora, a previsão é de temperaturas de 40°C pela primeira vez na história.
“Temperaturas excepcionais, talvez recordes, devem ocorrer no início da próxima semana”, disse o meteorologista-chefe do serviço meteorológico britânico, o Met Office, Paul Gundersen.
Segundo ele, a previsão é de 50% de chance de temperaturas acima de 40°C e 80% de chance de uma nova temperatura máxima ser atingida.
“As noites também devem ser excepcionalmente quentes, especialmente nas áreas urbanas”, disse ele. “Isso provavelmente levará a impactos generalizados nas pessoas e na infraestrutura”.
Hannah Cloke, especialista em clima da Universidade de Reading, disse que a onda de calor mostrou que as mudanças climáticas estão aqui e há uma necessidade urgente de adaptação.
“Estamos vendo esses problemas agora e eles vão piorar. Precisamos fazer algo agora”, declarou à Reuters.
“É mais difícil lidar com esses tipos de temperaturas no Reino Unido porque simplesmente não estamos acostumados a elas”, completou.
Fonte: Foto: Reprodução, Redação O Sul