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A cenoura e o tomate continuam sendo os alimentos que mais encareceram no Brasil neste ano, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), considerado uma prévia da inflação oficial do País.
A alta da cenoura chegou a quase 200% no acumulado em 12 meses até abril, enquanto o tomate subiu 117% no mesmo período, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa é de que os preços fiquem mais baixos nos próximos meses.
No caso da cenoura, a inflação continua sendo um reflexo das chuvas intensas que afetaram as principais plantações do País em janeiro e fizeram com que o volume do alimento vendido pelos produtores diminuísse. Com isso, o quilo passou a ser encontrado por R$ 10 a R$ 14.
Os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, que são grandes produtores, foram os mais prejudicados. São Gotardo (MG), que é um dos principais municípios que abastecem o mercado nacional, teve prejuízo devido às chuvas em janeiro e fevereiro.
Outro motivo foi o descarte de cenouras após a colheita, já que a umidade no solo deixou o alimento úmido e impróprio ao consumo, além de causar doença nas raízes. Com menos oferta, o preço seguiu em alta.
A colheita do tomate também continua menor desde que chuvas intensas no início deste ano geraram perdas nas plantações, afetando os produtores do Sudeste e do Nordeste. Com isso, os preços se mantêm em alta.
A área plantada de tomate vem diminuindo desde 2020 porque, no início da pandemia de coronavírus, os produtores perderam vendas com o fechamento do comércio e decidiram diminuir a área de plantio.
Eles continuaram fazendo esse movimento em 2021, mas por outro motivo: em março do ano passado, a colheita foi abundante e derrubou os preços ao produtor. Para recuperar faturamento, decidiram reduzir ainda mais a área plantada, e isso refletiu nos preços.
Outro fator é o fim da safra de verão e o início da de inverno, que ocorre em abril no Sul e Sudeste. Nessa época, costuma-se colher bem pouco tomate. Os preços do produto tendem a recuar entre julho e setembro.
Fonte: Foto: Pixabay, Redação O Sul